Economia

Lula pode encontrar Evo em Corumbá no próximo mês

Redação | 24/08/2009 08:33

Os presidentes do Brasil e da Bolívia podem se encontrar em setembro em Corumbá para discutir questões sobre a importação do gás boliviano.

Segundo o jornal Folha de São Paulo, fontes do Planalto disseram que o encontro deve ocorrer em 20 dias. Nesse fim de semana, Evo Morales formalizou a Lula um pedido para revisão do contrato de exportação do gás.

Até agora, o Brasil era forçado a comprar mais do que precisa, por conta de acordo com os bolivianos, mas desta vez quem pede para vender menos é o governo da Bolívia, interessado em diminuir o volume de venda à Petrobras para atender à Argentina e ao mercado interno.

Um dos prejuízos seria a Mato Grosso do Sul, que depende do ICMS do gás. Hoje a quantidade estabelecida em contrato é para compra de 31 milhões de metros cúbicos ao dia importados, mas que na prática já caiu para 22 milhões. O Estado ainda tinha esperança de que o valor fosse restabelecido.

A Bolívia reclama que, como o Brasil passou a consumir menos, o prejuízo aos bolivianos já soma US$ 450 milhões neste ano.

Segundo o presidente da YPFB (estatal boliviana), Carlos Villegas, a Bolívia quer a diminuição do teto atual de 31 milhões de metros cúbicos diários, previsto no acordo em vigor até 2019, para 24 milhões de metros cúbicos/dia, informa a Folha de São Paulo..

Lula cumpriu agenda na Bolívia sábado passado, onde também foi cobrado ontem para o cumprimento do acordo assinado em janeiro de 2007, pelo qual a Petrobras tem de pagar pelo "gás rico" que vem associado ao gás natural vendido ao Brasil.

Segundo La Paz, o país deixou de receber US$ 300 milhões por causa do atraso na entrada em vigor desse acordo.

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