Economia

Intenção de consumo sobe na Capital, mas famílias seguram gastos em compras

Pesquisa mostra que 47% das famílias campo-grandenses estão comprando menos do que no ano passado

Izabela Cavalcanti | 03/08/2022 09:53
Consumidores na Rua 14 de Julho, no centro de Campo Grande (Foto: Marcos Maluf)
Consumidores na Rua 14 de Julho, no centro de Campo Grande (Foto: Marcos Maluf)

Apesar de a intenção de consumo aumentar em julho, as famílias campo-grandenses continuam mantendo cautela na hora de ir às compras. É o que mostra pesquisa da CNC (Confederação Nacional do Comércio), divulgada pela Fecomércio-MS (Instituto de Pesquisa da Fecomércio de Mato Grosso do Sul).

Em julho, o índice saiu de 94,6 pontos para 96,1. Em contrapartida, 47% das famílias afirmam estarem comprando menos do que o mesmo período do ano passado. Além disso, a perspectiva está menor para 44,3% das famílias, e apenas para 12,7% está maior.

Exemplo disso, é a dona de casa Maria Elizabete, de 64 anos. Ela conta que este ano está mais difícil de comprar. "Está todo mundo zerado. Está tudo muito caro. Estou comprando até menos."

A gerente da loja de roupa feminina, Uzze, que preferiu não se identificar, disse que as clientes estão escolhendo a dedo o que comprar. "Elas não estão comprando como era para comprar. Ás vezes tem opção de levar mais de uma peça, mas prefere levar apenas uma", explica.

Em relação a compra de bens duráveis, como eletrodomésticos, TV, som, 68,2% acreditam ser um mau momento e para 24,6% seria uma boa ocasião.

Na visão da economista da Fecomércio-MS, Regiane Dedé de Oliveira, mesmo as famílias estarem comprando menos, o cenário está mais otimista.

“Estamos com um clima mais otimista, mesmo com 47% das famílias afirmando que estão comprando menos do que no ano passado. As medidas adotadas para a redução de impostos estão impactando na avaliação do consumidor, que vê um cenário econômico mais positivo para este segundo semestre”, avalia.

Em relação a situação atual do emprego, 56,5% das famílias participantes da pesquisa, estão mais seguras e 14,4% menos confiantes. Para os próximos seis meses, 59,6% estão com boas perspectivas e 29% não estão. A renda atual melhorou para 29,3% e piorou para 14,9%.

Crédito - Ainda de acordo com o levantamento, 25,3% das famílias afirmam estar mais difícil de conseguir empréstimo  e 14,8% acreditam estar mais fácil.

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