Economia

Intenção de consumo aumenta pela primeira vez em seis meses, diz pesquisa

Anny Malagolini | 16/08/2016 15:34

Pela primeira vez em seis meses a Intenção de Consumo das Famílias (ICF), conforme levantamento publicado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), registrou aumento na comparação mensal: 0,9% entre julho e agosto. Numa escala de 0 a 200, a intenção de consumo alcançou 69,3 pontos.

Na variação anual, porém, houve um recuo de 15,3% e o resultado ainda evidencia uma percepção ruim, uma vez que está bem abaixo da chamada zona de indiferença, de 100 pontos.
Atualmente com 44,2 pontos, o Nível de Consumo Atual subiu 0,5% em relação ao mês anterior. Na comparação anual, houve uma queda de 29%. A maior parte das famílias declarou estar com o nível de consumo menor do que no ano passado: 66%.

Impactadas pelo elevado custo do crédito, o alto nível de endividamento e o aumento do desemprego, a intenção de compras a prazo caiu 20,9% na comparação com agosto de 2015.
Agosto é o primeiro mês, desde fevereiro, em que o item Momento para Duráveis registrou variação positiva, com 2,1% acima do verificado em julho. Com 41,9 pontos, teve um recuo de 22,8% em relação ao mesmo período de 2015. A maior parte das famílias – 76,3% – considera o momento atual desfavorável para a aquisição de duráveis.

Expectativas - As famílias apresentaram leve aumento de 0,5% nas perspectivas em relação ao mercado de trabalho na comparação mensal. Já em relação ao mesmo período do ano passado, houve uma queda de 5,4% e o índice ficou em 94 pontos. Quase metade das famílias – 48,6% – considera negativo o cenário para os próximos seis meses.

Com aumento de 0,4% em relação a julho, o item Perspectiva de Consumo alcançou 53,6 pontos. Na comparação anual, o recuo foi de 20,4%.

Único componente acima dos 100 pontos, a avaliação do Emprego Atual subiu 1,6% em relação a julho. Com 102,3 pontos apresentou, no entanto, uma queda de 5,6% em relação ao mesmo período do ano passado. O percentual de famílias que se sentem mais seguras em relação ao emprego no momento é de 28,9%.

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