Economia

Industrialização gerou 15 mil empregos na Capital em três anos

Wendell Reis | 26/03/2012 14:05

Prefeitura investiu na industrialização para gerar emprego e incentivar empresários

Prefeito lançou obra da primeira empresa de fabricação de couro acabado e semi-acabado do Estado nesta segunda-feira(Foto: Pedro Peralta)
Prefeito lançou obra da primeira empresa de fabricação de couro acabado e semi-acabado do Estado nesta segunda-feira(Foto: Pedro Peralta)

O vice-prefeito e secretário da Sedesc (Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Turismo e do Agronegócio), Edil Albuquerque (PMDB), calcula que a Capital tenha gerado, aproximadamente, 15 mil empregos com a instalação de indústrias nos últimos três anos, quando a Prefeitura Municipal ampliou o incentivo à industrialização.

“Hoje Campo Grande parte para a questão industrial, que gera um emprego muito grande”, revela o secretário, relatando que em 38 anos como bancário, teve a oportunidade de conseguir uma interlocução muito grande com a classe empresarial.

Só nesta segunda-feira (26) a Prefeitura inaugurou a empresa Oxinal Oxigênio Nacional Ltda e lançou obras da empresa Braz Peli Comércio de Couros, ambas no Polo Empresarial Cons. Nelson Benedito Netto. As duas empresas somam 200 empregos diretos.

Edil afirma que o trabalho é bem intenso e inclui conversas até para mostrar o caminho onde conseguir e aplicar investimentos. Aliado a isso, o vice-prefeito cita a localização geográfica da cidade, que está em um ponto estratégico do País.

“Temos todas as reais condições de trazer qualquer tipo de indústria e empresa que queira se estabelecer aqui. Primeiro pelos incentivos dados pelo governo e prefeitura. Um mix de coisas que redunda na questão de emprego”.

Para exemplificar o crescimento, Edil conta que não pôde cursar uma universidade e nem trabalhar em sua profissão na Capital, por falta de ramo, o que hoje não acontece, visto a diversificação das atividades, que vai de fábrica de tablet a incineração de lixo hospitalar. Ele confidencia que a industrialização também surgiu da necessidade de criar empregos, devido ao crescimento do Município. Entretanto, ressalta a oportunidade dada a classe empresarial.

Edil destacou o apoio dado pelo prefeito para poder atrair indústrias para Campo Grande(Foto: Pedro Peralta)

O empresário paranaense José Alberto Miri Berger é um dos investidores que ampliou seus negócios por conta dos incentivos dados pelo Estado e Prefeitura. A empresa, que antes tinha um comércio atacadista de couros na avenida Bandeirantes, vai ser a primeira do Estado a produzir couros acabados e semi-acabados.

O investimento da empresa, denominada Braz Peli, deve chegar a R$ 7 milhões. O faturamento pode atingir R$ 20 milhões ao ano. A vontade expandir o negócio surgiu em 2008 e acabou coincidindo com o desejo do Estado e Prefeitura, de agregar valor aos negócios em Mato Grosso do Sul.

A diferença de valor do produto primário para o semi-acabado ou acabado chega a 70%. Entretanto, tirando os custos com produção, o lucro é de, aproximadamente, 15%, entre uma produção e outra. O empresário espera que a fábrica esteja funcionando até o final do ano, com produção de 15 mil peles por mês. O couro fabricado pela Braz Peli deve ser comercializado para a confecção de calçados. A expectativa é de que 70% do produto seja vendido para o mercado local, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul, e 30% seja exportado para a China e Europa. Para instalação da empresa o proprietário recebeu o terreno, isenção de ISS na construção e de IPTU, por quatro anos.

Durante o evento de inauguração das obras da Braz Peli, o prefeito Nelson Trad lembrou que de cada emprego gerado em uma indústria, são gerados de 3 a 5 outros indiretos. Ele frisou que o empresário sempre procura um lugar seguro para fazer um investimento e a Capital não pode perdê-los, tendo em vista que outros empregos são gerados por conta das fábricas, o que fomenta o desenvolvimento. Já o deputado Paulo Corrêa (PR) lembrou da lei que regulamenta a atividade de couros, recordando que Trad o ajudou a aprová-la. Ele avalia que com 22 milhões de cabeça de gado, o Estado pode agregar valor aos produtos que produz.

Despedida - Perto de deixar a secretaria, para disputar a eleição em outubro, Edil revela que aprendeu muito à frente da Sedesc, com a oportunidade de comandar uma pasta tão importante. Além da industrialização, o secretário destaca a representatividade da Capital, motivada pelo foco no turismo de eventos. Edil explica que a Prefeitura fez um trabalho de visita a empresas, pedindo para que estimulasse a matriz ou diretoria para que fizesse cursos ou reuniões em Campo Grande.

O secretário também destaca os investimentos na agricultura, lembrando que foram construídas 11 pontes de concreto, acabando com os problemas de pontes quebradas, que dificultavam a vida do pequeno produtor. Além disso, o secretário lembra da importância do investimento na produção de orgânicos, lembrando que a Capital tem hoje a maior cooperativa do País. Nos próximos dias o secretário promete apresentar um balanço do trabalho da secretaria na administração do prefeito Nelson Trad Filho (PMDB). Ele faz questão de dizer que conseguiu muitos investimentos por conta liberdade e confiança dada pelo prefeito.

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