Economia

Governo quer corte nos juros para manter crescimento do PIB no Estado

A estratégia é atrair investimentos que gerem mais empregos e, em consequência, aumentar o consumo das famílias

Lucas Junot | 05/06/2017 14:12
Jaime Verruk, secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Foto: Edemir Rodrigues/Governo do Estado)
Jaime Verruk, secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Foto: Edemir Rodrigues/Governo do Estado)

O governo do Estado de Mato Grosso do Sul quer reduzir a taxa de juros dos fundos regionais para atrair investimentos, aumentar o consumo e manter o ritmo de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro. É o que pretende o secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck.

O secretário comentou nesta segunda-feira (5) o crescimento do PIB nacional, em 1% no primeiro trimestre do ano, comparado ao quarto trimestre de 2016, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

“O resultado do PIB do primeiro trimestre de 2017 foi positivo, mas ainda não apresenta elementos substanciais que demonstrem uma saída do processo recessivo. O crescimento foi calcado na agropecuária e na demanda externa. Na agropecuária tivemos um aumento da safra agrícola, beneficiada pelas condições climáticas excepcionais, produtividade excelente, crédito e política agrícola eficaz”, comentou o Verruk.

Ainda de acordo com ele, muitos desses fatores podem não se manter, devido às sazonalidades. “Na demanda por exportações temos a questão da taxa de câmbio, cujo patamar é favorável hoje. Os indicadores que precisam melhorar são o consumo das famílias e os investimentos no país. Por conta do clima de instabilidade política, o empresariado não tem confiança para investir”, completa.

Segundo o secretário, o caminho para dar consistência ao ritmo de crescimento do PIB é a redução dos juros, que podem atrair mais investimentos para o país, gerar empregos e elevar a massa salarial. “O resultado do PIB nos mostra exatamente isso. As empresas reagem com uma perspectiva positiva a uma taxa de juros mais baixa. O governo federal já deu sinais importantes com a redução da taxa Selic, hoje em 10,25%. Além disso a inflação está em níveis baixos, algo que corrobora para a redução dos juros”, afirmou.

Cortes nas taxas do FCO e FDCO - A Semagro (Secretaria Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) prepara um estudo justificando a revisão dos juros do FCO (Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste) e o FDCO (Fundo de Desenvolvimento do Centro-Oeste), que deverá ser levado pelo governador Reinaldo Azambuja (PSDB) em Brasília.

Em abril deste ano, o Governo do Estado pleiteou e conseguiu que as faixas das taxas de juros do FCO Empresarial recuassem de 10% a 17,65% para 9,5% a 16,90% ao ano, dependendo da modalidade de financiamento.

“Vamos solicitar uma nova redução das taxas do FCO e FDCO, pois com a queda da Selic e a inflação baixa, os índices desses fundos ficaram altos e pouco atrativos. Vamos mostrar, no âmbito do Condel, do Banco Central e do Ministério da Fazenda a necessidade dessa redução. São fundos para o estímulo ao desenvolvimento e redução da desigualdade regional, fundamentais para Mato Grosso do Sul”, finalizou o secretário.

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