Fusão da Oi com Brasil Telecom vem gerando demissões

Mato Grosso do Sul já está sentindo o impacto da fusão entre as empresas de telecomunicações Brasil Telecom e Oi, com o quadro de funcionários se estagnando em virtude de demissões em massa. Não é diferente em Estados como Acre, Rondônia, Tocantins, Mato Grosso, Goiás, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e o Distrito Federal.

Com atuação em dez Estados e um total de 5,7 mil trabalhadores diretos, mais terceirizados, a Brasil Telecom pode demitir até 1,9 mil trabalhadores com a incorporação, o que significará uma queda de receita na capital federal de pelo menos R$ 170 milhões por ano. A estimativa é do Sinttel/DF (Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações).

Em contrapartida, a Fittel (Federação Interestadual dos Trabalhadores em Telecomunicações) estima que até 8 mil pessoas possam ser demitidas em todo o país.

Na Capital, diversos profissionais já foram demitidos, inclusive com funções de confiança como gerentes, pessoal de call center, assessoria de comunicação, garante a Federação.

Em Brasília não é diferente, pessoas que estavam há mais de 20 anos na empresa foram reconduzidas a cargos incompatíveis com suas funções e receberam a imposição de permanecer nos novos cargos ou serem demitidas; muitas preferiram a demissão, denuncia a entidade.

O grande número de demissões está concentrado no pólo de Brasília, onde desde a fusão 350 funcionários da empresa e mais 460 terceirizados foram mandados embora. Cargos de gerência e comando, com salários mais altos, e também aqueles da base da empresa, com pagamentos mensais mais baixos foram cortados.

Sindicatos querem negociar a manutenção qualitativa de empregos nas empresas. Na visão de alguns sindicalistas, não adianta demitir, por exemplo, 4 mil trabalhadores e contratar outros 4 mil ganhando a metade da remuneração mensal.

Outra agravante está na consequência que essas demissões poderá causar na qualidade dos serviços públicos de concessão.