Economia

Em ano de recuperação, indústrias geraram mais de 127 mil empregos

Renata Volpe Haddad | 21/12/2016 12:40
Números foram apresentados pelo secretário da Semade, Jaime Verruck e presidente da Fiems, Sérgio Longen. (Foto: Fiems)
Números foram apresentados pelo secretário da Semade, Jaime Verruck e presidente da Fiems, Sérgio Longen. (Foto: Fiems)

Depois de uma retração de 7% na geração de empregos nas indústrias sul-mato-grossenses no ano passado, em 2016, houve uma recuperação de 1,5% em vagas de trabalho e 127.150 mil pessoas foram empregadas. A projeção para o próximo ano é de crescimento de 2,6% na expansão de cargos, segundo estimativa da Fiems (Federação das Indústrias) divulgadas nesta quarta-feira (21).

Os números foram positivos para o setor neste ano, sendo que houve recuperação de 11,5% no PIB (Produto Interno Bruto) industrial, no total de R$ 18,4 bilhões. Para 2017, a expectativa também é de crescimento de 10,1% e R$ 20,2 bilhões.

O faturamento nominal das indústrias continuou em crescimento este ano, subindo de 7,7% em 2015 para 9% em 2016 de R$ 46 bilhões, deve saltar para 8,5% e fechar 2017 em R$ 46,7 bilhões.

Este ano, mais empresas se instalaram no Estado, passando de 7.706 mil em 2015 e agora, 7.937, crescimento de 3% em 2016. Para 2017, a projeção é que 278 empresas se instalem em MS, avanço de 3,5%.

Geração de empregos nas indústrias de MS cresceru 1,5%. (Foto: Fiems)

O presidente da Fiems, Sérgio Longen, explica que os incentivos fiscais oferecidos pelo Governo do Estado, têm atraído os investidores. "Os incentivos são ferramentas importantes para atrair essas empresas e o governador Reinaldo Azambuja afirmou que vai mantê-los como forma de atrair esses empresários e isso foi fundamental para a projeção de crescimento em 2017", avalia.

Em contrapartida do crescimento dos segmentos, este ano houve queda de 8% nas exportações de produtos industriais, sendo registrado R$ 2,65 bilhões. Em 2015, a queda foi de 21,9%, mas foram exportados R$ 2,88 bilhões em produtos industriais.

Segundo Longen, a queda maior foi no setor da extrativa mineral. "Porém, para 2017 temos uma projeção de crescimento de 6% nas exportações, devido as operações de algumas empresas instaladas este ano de produtos novos como MDF e produção de alimentos, que vão começar a operar no ano que vem".

Conforme o secretário da Semade (Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico), Jaime Verruck, a queda nas exportações foram em produtos específicos como a carne e mineração. "Mas, em 2017, vamos ter uma recuperação principalmente no setor de soja e grão e celulose, até porque em setembro do próximo ano, será colocado em funcionamento a segunda planta da Fibria. Além disso, com a abertura de janelas do mercado externo, teremos uma grande evolução de exportação da carne para o mercado asiático".

Investimentos - Para 2017, são nove projetos de empresas grandes que já estão em andamento no Estado com valor total de R$ 27,4 bilhões. A maior parte dos investimentos em execução têm previsão para entrar em operação até o último trimestre de 2017 e segundo trimestre de 2018.

"Mato Grosso do Sul é um dos estados mais internacionalizados do país, sendo que temos investimentos dos Estados Unidos e China. Temos que mostrar o Estado para fora e temos que melhorar em logística, não adianta apenas dar incentivos fiscais para atrair empresas", alega Verruck.

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