Economia

Em ano de altas, itens básicos como arroz, feijão e leite pesaram no bolso

Priscilla Peres e Ricardo Campos Jr. | 31/12/2016 09:18
Preço do feijão passou dos R$ 10 no ano. (Foto: Fernanda Yafusso/Arquivo)
Preço do feijão passou dos R$ 10 no ano. (Foto: Fernanda Yafusso/Arquivo)

O ano não foi fácil para o bolso do consumidor. Itens básicos da mesa do brasileiro tiveram aumento expressivo e claro, foi preciso encontrar maneiras para economizar. Entre janeiro e dezembro de 2016, o preço do arroz subiu em média 19% e do feijão 44%.

Levantamento do Nepes (Núcleo de Estudos e Pesquisas Econômicas e Sociais) da Uniderp feito para o Campo Grande News, mostra que o feijão foi o produto que mais pesou no bolso em 2016. O saco de 1 kg do carioquinha Santa Izabel Tipo 1, por exemplo, que custava R$ 3,89 em janeiro, chegou em dezembro custando R$ 7,39, aumento de 89,97%.

O preço do feijão começou a subir no começo de junho, chegando a passar dos R$ 10 o quilo do carioquinha. Em consequências, o feijão preto ganhou mais espaço no prato do brasileiro. Ainda em junho, o governo adotou medidas para conter a alta, porém em agosto o quilo chegou a custa R$ 16 nas prateleiras.

Nesse período também teve alta no preço do arroz, que subiu 25% em julho. Conforme o Nepes, o consumidor que antes pagava R$ 12,34 pelo saco de 5kg de arroz Tio Urbano em janeiro, terminou o ano pagando R$ 15,45, aumento de 25,20%.

Em ambos os casos, as mudanças climáticas foram as principais causas do aumento no preço dos produtos. Porém, o arroz teve o agravante de redução da área plantada.

Litro do leite passou dos R$ 4 em Campo Grande. (Foto: Alcides Neto/Arquivo)

Laticínio - Outro item básico que complicou a vida das famílias e restaurantes, foi o leite que ficou em média 24,53% mais caro este ano. Em janeiro o longa vida Elegê de 1 litro custava R$ 2,81 segundo o Nepes, mas após aumento de 9,81% fechou dezembro sendo vendido a R$ 3,09.

O pico da alta foi em julho, período de entressafra do leite, quando em Campo Grande o litro ficou 50% mais caro. A época de baixa reduziu em 20% a produção estadual, elevando também o preço dos derivados. A muçarela chegou a ficar 70% mais cara, influenciando diretamente no preço de pizzarias, além do item nas prateleiras.

Carnes - Diferente do ano passado, quando a carne bovina teve um grande impacto no orçamento familiar, em 2016 a alta média foi de apenas 1,91%, sendo que vários cortes tiveram redução nos preços.

Pesquisa do Nepes da Anhanguera dá exemplos, como o contra filé que custava R$ 26,02 em janeiro e R$ 24,76 em dezembro, queda de 4,89%. Por outro lado, a picanha subiu 23% no ano, passando de R$ 35,36 em janeiro para R$ 43,60 em dezembro.

Em compensação, o frango que foi alternativa encontrada para a carne bovina em 2015, teve de sair um pouco da mesa do consumidor. Conforme o Nepes da Uniderp, o aumento médio dos preços chegou a 12,24%.

O pacote de 1 kg de coxa de frango da Copacol teve queda de 6,58% no ano, passando de R$ 9,65 em janeiro para R$ 9 em dezembro. Porém, o quilo do peito sem osso da Copacol que custava R$ 9,45 em janeiro passou para R$ 11,64 em dezembro, aumento de 23,17%.

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