Economia

Dobra número de agências fechadas pela greve em Campo Grande

Caroline Maldonado | 03/10/2014 12:13
Clientes recorrem a caixa eletrônico (Foto: Marcelo Victor)
Clientes recorrem a caixa eletrônico (Foto: Marcelo Victor)

Após quatro dias de greve dos bancários, o número de agências fechadas quase dobrou em Campo Grande, passando de 44 no primeiro dia de paralisação, na terça-feira (30), para 83 nesta sexta-feira (3). Em Dourados, a 233 quilômetros da Capital, o movimento também aumentou e são 36 agências paradas na região do município.

Em Três Lagoas, a 338 quilômetros de Campo Grande, as nove agências do município aderiram a paralisação nacional logo no primeiro dia. A expectativa é de que a greve se encerre em breve, já que a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) chamou a Contraf (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) para retomar a negociação em reunião hoje (3), as 17h, em São Paulo.

A presidente do Sindicário (Sindicato dos Bancários de Campo Grande e Região), Iaci Torres, desembarcou no fim desta manhã em São Paulo para participar da reunião junto a outros 35 representantes sindicalistas. “A greve está muito forte, com quatro dias de adesão grande, então estamos imaginando que eles tenham alguma proposta interessante a fazer”, afirma a presidente da entidade.

Segundo Iaci, se houver uma proposta avaliada como boa pelos representantes dos sindicatos e das federações dos bancários será levada a assembleia com os trabalhadores para votação. “Tendo uma nova proposta, o que acreditamos que terá, aí vão ser chamadas as assembleias e os bancários vão avaliar a proposta”, explica.

Negociação - Os bancários querem reajuste de 12,5% nos salários, piso salarial de R$ 2.979,25 e aumento maior para os vales refeição, alimentação e auxílio-creche/babá; que estão entre os 20 itens da reivindicação.

No sábado (28), durante última reunião com os sindicalistas, a Fenaban propôs aumentar de 7% para 7,35% o reajuste salarial. Sindicalistas de todas as regiões do país negaram a proposta. A categoria cobra ainda o fim das dispensas sem motivo, da cobrança por metas, ampliação dos itens do projeto piloto de segurança para todo o Brasil e igualdade de oportunidades na ascensão profissional.

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