Depois de golpe do Campo Oeste, grupo reabre frigorífico
Após golpe dado pelos donos do Campo Oeste, a planta frigorífica em Campo Grande passou para as mãos do grupo Beef Nobre, do Paraná, que reativou os abates nesta segunda-feira, segundo informações da Superintendência Federal de Agricultura. Já foram contratados 180 funcionários e a previsão é de, em breve, chegar a 300.
A princípio, a unidade vai operar com menos da metade da capacidade instalada, 200 animais ao dia e deve ampliar para 500. Na verdade, a estrutura volta às mãos do grupo, que havia arrendado o espaço para o Campo Oeste. Até que o Beef Nobre retomasse o controle da unidade foi travada uma batalha judicial.
Isso porque os donos do Campo Oeste, que arrendaram a planta há oito anos, ficaram devendo R$ 30 milhões na praça. A Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul) chegou a montar um dossiê, apontando que o calote foi premeditado. A unidade foi registrada em nome de "laranjas". Em setembro do ano passado o Campo Oeste cessou os abates e demitiu centenas.
Reaberto, agora sob controle da Beef Nobre, e readequado, o frigorífico já conta com o SIF (Serviço de Inspeção Federal). Os técnicos da Superintendência Federal de Agricultura acompanharão o reinício das atividades, com a missão de fiscalizar o atendimento das normas oficiais de produção de alimentos de origem animal.
O grupo Beef Nobre está habilitado ao comércio internacional com aproximadamente 30 países. Há previsão que em 150 dias seja solicitada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento a ampliação da lista, através do credenciamento para exportação a mais países.