Economia

Consumo de gás natural em MS cai 12% mesmo com incremento da indústria

São 19,44 milhões de m³ a menos consumidos neste ano

Osvaldo Júnior | 16/05/2017 17:55
MSGás reduziu vendas de gás natural neste ano (Foto: Divulgação)
MSGás reduziu vendas de gás natural neste ano (Foto: Divulgação)

Mesmo com o incremento apresentado pelo setor industrial e a ativação da usina hidrelétrica Luiz Carlos Prestes, em Três Lagoas, o consumo de gás natural em Mato Grosso do Sul caiu 12% na comparação entre o acumulado de janeiro a abril deste ano e igual período de 2016. A redução, em números absolutos, é de 19,44 milhões de m³ (metros cúbicos).

De acordo com a MSGás, os diversos segmentos consumiram, no primeiro quadrimeste de 2017, 136,546 milhões de m³. Nos primeiros quatro meses de 2016, foram comercializados 155,994 milhões de m³.

A maior responsável por essa queda foi a usina termelétrica Willian Arjona, em Campo Grande, que diminuiu 95% o uso de gás (46,752 milhões de m³ em 2016 e 2,387 milhões de m³ neste ano). O setor térmico reduziu, no geral, 30% do consumo de janeiro a abril deste ano em relação a mesmos meses de 2016.

A queda do consumo de gás pelo segmento só não foi maior, devido à ativação da termelétrica Luiz Carlos Prestes. Desde o dia 1º de março, a usina vem produzindo energia ininterruptamente de acordo com a ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico).

A térmica consumiu 90,038 milhões de gás natural neste ano até o mês de abril. O volume equivale a 67% do total comercializado do produto. Entretanto, a diferença em relação a mesmo período do ano passado (84,698 milhões de m³) é de somente 6%.

O volume consumido pelo setor não término contabilizou incremento de 80%. Esse resultado foi puxado pelas indústrias. O segmento consumiu, no primeiro quadrimestre, 41,865 milhões de m³ de gás, 88% acima dos 22,287 milhões de m³ adquiridos no mesmo período do ano passado.

Privatização – Na manhã desta terça-feira (16), o governador Reinaldo Azambuja disse ter interesse em saber o valor de mercado da MSGás, mas descartou, no momento, intenção de vender a empresa. “Nós queremos saber quanto vale nossa empresa e o BNDES vai nos dizer”, afirmou. “Não há interesse no momento de venda”, ponderou.

O Estado pode, assim, participar do Programa de Parcerias de Investimentos, do Governo Federal, que a princípio vai avaliar as companhias de distribuição de gás do país. O segundo passo é a privatização, com a venda da parte pertencente ao governo à incitativa privada.

Azambuja também comentou sobre a arrecadação do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços) do gás natural. "O Estado teve de R$ 90 milhões a R$100 milhões de arrecadação com gás de janeiro a março de 2016. Queremos recuperar ao menos 60% do que recebíamos antes, que são cerca de R$ 200 milhões", afirmou.

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