Economia

Consumidor se livra das contas para fazer mais dívidas, aponta pesquisa

Edmir Conceição | 28/10/2011 15:45

Caiu o índice de famílias endividadas em Campo Grande, depois da taxa atingir um pico e chegar a praticamente 77%. O índice está em 52,7%, conforme a pesquisa divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

São compromissos como cheque pré-datado, cartões de crédito, carnês de lojas, empréstimos pessoal, prestações de carro e seguros. "Isso mostra que os consumidores estão se livrando de parcelas, o que é um bom sinal para as vendas de fim de ano”, avalia o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Mato Grosso do Sul, Edison Ferreira de Araújo.

Ele lembra que um conjunto de fatores sinaliza para uma perspectiva positiva e passa principalmente pelo bom nível de empregos. Além disso, neste mês de outubro a Receita Federal liberou o maior lote de restituições da história, em Mato Grosso do Sul R$ 26,7 milhões, um dinheiro que pode ter sido usado para quitar compromisso.

A pesquisa da CNC traz outro dado positivo, o índice de famílias que disseram que não terão condições de pagar as contas caiu de 15,3% a 8,2% e das que disseram que estão com contas em atraso passou de 42,9% a 28,4%. Dos entrevistados, 76,4% disseram que têm prestações no cartão de crédito, 21,3% têm carnês para pagar e 8,9% compromisso com o financiamento da casa.

Intenção de Compras – Se por um lado as famílias campo-grandenses estão menos endividadas, de outro a intenção de consumo está maior, de acordo com outra pesquisa da CNC.

Em outubro, a intenção de consumo aumentou 11,2% na Capital sul-mato-grossense, atingindo o maior nível do ano e os componentes que mais pesaram para isso são a satisfação com o emprego atual e o nível de acesso ao crédito.

Além de se sentirem mais seguros nos empregos, a pesquisa mostrou que entre 67,6% dos entrevistados a perspectiva é de melhorias profissionais para os próximos seis meses. Além disso, 65,1% avaliam que a renda está melhor do que no mesmo período do ano passado e 77,1% acham que está mais fácil conseguir crédito. Sobre o atual nível de consumo, 48% das famílias estão comprando mais que em 2010, dizem que estão no mesmo patamar 26,7% e 24,9% afirmam que reduziram as compras.

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