Economia

Consultoria prevê crescimento na economia de MS em 2021, na contramão do País

PIB sul-mato-grossense deve saltar 2,7% em relação ao ano passado, apontou estudo

Jones Mário | 23/08/2020 15:13
Governador Reinaldo Azambuja e secretário de Agricultura e Produção, Jaime Verruck, em fábrica de papel (Foto: Divulgação)
Governador Reinaldo Azambuja e secretário de Agricultura e Produção, Jaime Verruck, em fábrica de papel (Foto: Divulgação)

De acordo com levantamento da Tendências Consultoria Integrada, empresa especializada em estimativas de riscos e oportunidades para negócios e investimentos, Mato Grosso do Sul será um dos cinco estados com crescimento na economia em 2021. 

O estudo aponta salto de 2,7% no PIB (Produto Interno Bruto) do Estado no próximo ano, em relação a 2019. O índice soma todas as riquezas geradas pela unidade.

Além de Mato Grosso do Sul, o levantamento indica que Pará, Mato Grosso, Rio de Janeiro e Goiás também devem apresentar resultado positivo. Distrito Federal e mais 21 estados têm projeção de queda.

Segundo divulgou o governo do Estado, reportagem do jornal O Estado de S. Paulo explicou que a expectativa sobre o desempenho de Mato Grosso do Sul se deve, em parte, pela agroindústria, em especial a de papel e celulose, dada a estimativa de aumento na demanda asiática pelo segmento tissue.

De janeiro a julho deste ano, Mato Grosso do Sul exportou US$ 1,027 bilhão e 2,698 milhões de toneladas de celulose. Três Lagoas, na região leste do Estado, sedia as plantas da Suzano e da Eldorado, que elevam a cidade à condição de polo mundial do setor.

O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) comentou o levantamento ao site oficial do Executivo. Segundo ele, “todo mundo teve prejuízos por causa da pandemia, da dona de casa aos governos, e quem respondeu melhor à pandemia foi o agronegócio, que em Mato Grosso do Sul tem um papel essencial. Mais uma vez, os produtores brasileiros mostraram que, da porteira para dentro, eles dão show”.

A fim de melhorar a logística para escoamento da produção, o governo de Mato Grosso do Sul assinou termo de cooperação com o paranaense para viabilizar a construção da Nova Ferroeste, que, com 1,3 mil quilômetros de trilhos, pretende conectar Maracaju ao Porto de Paranaguá, hoje segunda maior porta de saída da exportação estadual.

Outra alternativa é a Rota Bioceânica, que vai encurtar em duas semanas o tempo de viagem dos produtos comercializados com o exterior ao mercado asiático via portos chilenos no Pacífico.

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