Economia

Conforme previsto, Vetorial religa alto forno em Ribas

Redação | 11/05/2009 08:13

Conforme já estava previsto, a Vetorial religou o alto forno na unidade de Ribas do Rio Pardo, a 100 quilômetros de Campo Grande. A paralisação das atividades, em decorrência da conjuntura econômica, durou 60 dias.

Foi o suficiente para abalar o setor de carvoarias e deixar dezenas de carvoeiros desempregados e morando nas ruas da cidade.

Conforme informações do grupo, o alto forno que está sendo reativado representa apenas 25% da capacidade de toda a Companhia, que possui unidades de mineração em Corumbá e outra siderúrgica em Campo Grande.

Serão 250 toneladas de ferro gusa produzidos por dia. O número, admite o grupo, é modesto "mas que retrata um sensível reaquecimento de mercado". A suspensão de atividades teve início em março, quando, segundo a Vetorial, mais de 90% das empresas similares tinham desligado seus alto-fornos no Brasil em consequencia da retração do consumo de aço em todo o mundo.

O grupo reduziu o quadro de funcionários em 60%, mantendo apenas os que atuavam no setor administrativo, a maioria em férias coletivas. A compra de carvão vegetal, matéria prima para a produção, também foi interrompida.

Com a paralisação das siderúrgicas do Estado, a estimativa é de que mais de 7 mil postos de trabalhos foram afetados, a maior parte ligados à produção de carvão vegetal. Na semana passada, a MMX anunciou a retomada das atividades de mineração.

"Deixamos de produzir 200 mil metros de carvão por mês", diz o presidente do Sindicarv (Sindicato da Indústria e dos Produtores de Carvão Vegetal do Estado de Mato Grosso do Sul) Marcos José Brito.

A queda na arrecadação de impostos nos municípios atingidos chegou a 30%. O governo do Estado estima uma perda de R$ 45 milhões em ICMS nesse período, segundo o setor.

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