Economia

Com potencial R$ 40 bilhões, MS é bola da vez na rota do dinheiro

Aline dos Santos | 28/10/2013 10:50
Havan começa a construir segunda loja em MS, que será em Campo Grande (Foto: Cleber Gellio)
Havan começa a construir segunda loja em MS, que será em Campo Grande (Foto: Cleber Gellio)

Os novos ares da economia, que vai, gradativamente, ganhando perfil industrial, torna Mato Grosso do Sul rota dos grandes investimentos. Na geografia do dinheiro, o Estado é o 17º entre as 27 unidades administrativas do Brasil.

De acordo com o IPC Maps, o potencial de consumo em 2013 chega a R$ 40,4 bilhões em Mato Grosso do Sul. Desde montante, 37.5% se concentram em Campo Grande, a cidade mais populosa.

Na Capital, o potencial de consumo chega a R$ 15,6 bilhões. A maior parcela, R$ 3,7 bilhões, vai para manutenção do lar. Esse quesito incorpora as despesas de alugueis, impostos, taxas, luz e água. Juntos, alimentação, bebida e artigos de limpeza somam R$ 2,3 bilhões.

O dado pode ser uma pista do que leva tantos supermercados, especialmente os “atacarejos”, a abrir as portas na cidade. Se antes, reinavam Atacadão e Makro, nos últimos anos, a expansão se vê nas ruas, com a chegada de lojas do Fort Atacadista, Maxxi e Assaí.

Último a chegar, o grupo Pão de Açúcar inaugurou a primeira loja do atacarejo Assaí em junho deste ano. Agora, já se prepara para abrir a segunda unidade em Campo Grande. Para o novo empreendimento, foram abertas 262 vagas de emprego.

Com lojas em Santa Catarina, Paraná e São Paulo, a Havan, que se autointitula a maior rede de departamento do Brasil, rumou em julho para o Centro-Oeste. Depois de Goiás e Mato Grosso, abriu loja em Dourados e inaugura em dezembro uma unidade em Campo Grande.

A loja nasceu em 1986 e se popularizou ao adotar, a partir de 1994, as linhas arquitetônicas da fachada da Casa Branca, sede do poder nos Estados Unidos. Na Capital, a obra é executada ao lado do shopping Norte Sul Plaza, na avenida Ernesto Geisel.

Segundo a assessoria de imprensa, a Havan se instala em cidades polos de regiões em desenvolvimento. O investimento na loja de Campo Grande é de R$ 30 milhões, com geração de 200 empregos.

Bola da vez - Para o assessor econômico da Fecomércio (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), Thales de Souza Campos, a atração entre os novos investimentos e a cidade resulta do desenvolvimento de todo o Estado. “Hoje, Mato Grosso do Sul passa por um processo muito grande de desenvolvimento. É a bola da vez. È a mudança da matriz econômica”, avalia.

Um expoente é Três Lagoas, que deixou a agropecuária e virou a Capital da Celulose. O município abriga 65 indústrias e vem galgando posições no potencial de consumo. Segundo o IPC Maps, Três Lagoas ocupa a terceira posição estadual, com potencial de R$ 2 bilhões. No entanto, subiu sete posições no cenário nacional.

Conforme Thales Campo, a força da economia vai pelos quatro cantos. “No Pantanal, tem o turismo. Na região Norte, a produção de grãos. No Sul do Estado, as indústrias sucroenergéticas”, afirma.

Neste panorama, avança o consumo de bens, serviços e turismo. Ele explica que não há relação entre a interiorização das grandes redes com a saturação de outros mercados. “Isso é resultado do processo de crescimento”.

 

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