Economia

Cliente residencial faz lucro da Enersul crescer 14%

Redação | 18/03/2010 07:15

O lucro da Enersul (Empresa Energética de Mato Grosso do Sul) cresceu 14,58% no ano passado, apesar da crise econômica mundial ter feito o consumo de energia por indústrias cair significativamente. Quem puxou o aumento no consumo foram principalmente os consumidores residenciais, que são 80% dos clientes da empresa e respondem por 35% da energia demandada no Estado.

A Enersul divulgou no Diário Oficial desta quinta-feira o balanço do exercício de 2009, que mostra que o lucro líquido atingiu R$ 78.680.000 contra R$ 68.666.000.

No ano passado a Enersul forneceu 3.124 GWh, volume 6,7% maior comparado a 2008. O bom desempenho é atribuído às classes residencial e comercial. De um modo geral, o número de clientes avançou 5,9%.

No setor residencial o consumo cresceu 12,4%, atingindo 1.095 GWh. O número de clientes aumentou 5,7%, o que é atribuído ao aumento do número de empregos, em 2,95% e também na renda do trabalhador.

Na classe comercial, houve acréscimo de 8,8%, totalizando 710 GWh, o que se deve à chegada de novas redes de varejo, avalia a concessionária. Na classe rural o acréscimo foi de 9,5%, totalizando 364 GWh, influenciado por segmentos como bovinocultura de leite e cultura de cereais.

Outro fator que contribuiu para o aumento de consumo de energia no Estado foi o programa de combate a ligações clandestinas, foram regularizadas 3.820 unidades consumidoras. Em outra frente, a empresa substituiu 54 mil medidores por eletrônicos, os medidores inteligentes.

O único setor que reduziu o consumo em 2009 foi o industrial, especialmente as unidades ligadas à produção de alimentos, como frigoríficos e indústrias de grãos. Vários frigoríficos permaneceram fechados desde o fim de 2008, afetados pela crise. De um modo geral, o setor industrial reduziu o consumo em 7,6%, totalizando 476 GWh.

O relatório da Enersul aponta que a receita operacional bruta no ano passado teve aumento de 6,3% de R$ 1.283.400.000 a R$ 1.363.900.000. O custo para compra da energia para revenda e encargos do uso do sistema de transmissão cresceu 21,4% totalizando 517,3 milhões. Já o custo a operação caiu 4,8% e as despesas operacionais caíram 46,3%. Juntos, custos e despesas diminuíram 17%, de R$ 273,2 milhões a R$ 226,7 milhões.

Quanto à dívida, o saldo dos empréstimos,financiamentos, debêntures e encargos de dívida passou de R$ 605,1 milhões em 2008 para R$ 676,0 milhões em 2009, acréscimo de 11,7%.

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