Economia

Cidades sonham com bons tempos do turismo

Redação | 23/09/2009 14:49

Referência do turismo de Mato Grosso do Sul nos anos 80, municípios da região norte entraram em "decadência" com o assoreamento do Rio Taquari e o surgimento do fenômeno Bonito. Agora, os prefeitos apostam no ecoturismo de contemplação para voltar aos bons tempos.

Em Rio Verde do Mato Grosso, que fica a 210 quilômetros da Capital, muitas pousadas e pesqueiros fecharam as portas e estão abandonados, segundo o prefeito Wilian Brito (PPS). Até a década de 90, o carnaval no município atraia cerca de 34 mil visitantes, o dobro do público registrado neste século.

A mesma situação ocorreu em Coxim, quando na época de ouro chegava a contar com 7 mil turistas por dia na alta temporada de pesca, segundo o deputado estadual e duas vezes prefeito, Júnior Mochi (PMDB). Ele estima que houve redução de 20% no número de visitantes nos últimos anos.

"O município perdeu muito no setor turístico", confirma o presidente da Câmara Municipal de Coxim, Miron Vilela (PMDB), que já foi secretário municipal de Obras. "O assoreamento reduziu a capacidade pesqueira dos rios", justificou, sobre os tempos em que o município era símbolo da temporada de pesca do País.

Pantanal -  A decadência do turismo na região coincidiu com a explosão de Bonito, com suas grutas e águas cristalinas, que ganharam fama internacional. Até o carnaval, que lotava o balneário Sete Quedas em Rio Verde, mudou de rota, passando a priorizar os municípios da região sudoeste do Estado, Bonito e Jardim.

Brito explicou que Rio Verde tem potencial para recuperar o setor turístico. O cartão postal é o ecoturismo, já que 43% dos 8.177 quilômetros quadrados do município estão dentro do Pantanal.

Ele tem esperanças de reativar os estabelecimentos fechados. Segundo o prefeito, a cachoeira de sete quedas d'água está revitalizada, mais bonita do que nunca e continua como sendo o símbolo do município.

Estrutura - Wilian Brito admitiu que houve exploração inadequada do turismo no município. Na época do carnaval de ouro, quando a cidade recebia 35 mil turistas, os visitantes sofriam todas as intempéries com a falta de infra-estrutura, como água e saneamento básico.

Com 805 leitos na rede hoteleira, a cidade dispõe de fábrica de gelo e estrutura para explorar o potencial turístico. "Estamos preparados", garantiu.

Pesca

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