Economia

Balanço do governo mostra superavit, mas aumento de gasto com pessoal

Priscilla Peres | 30/11/2016 11:57
Governador tem adotado medidas ao longo do ano para economizar. (Foto: Marina Pacheco)
Governador tem adotado medidas ao longo do ano para economizar. (Foto: Marina Pacheco)

O governo do Estado fechou os primeiros dez meses de 2016 com saldo em caixa de R$ 1,424 bilhão, provavelmente com a ajuda da economia gerada com o congelamento da dívida com a União. Porém, nesse mesmo período, os gastos com pessoal cresceram 40%.

O governo esperava gastar R$ 5,2 bilhões com a folha de pessoal, mas elevou o montante para R$ 7,3 bilhões e até outubro, já tinha gasto R$ 5,4 bilhões, o que representa 75% do previsto para o ano. Os dados são do relatório orçamentário publicado hoje.

A alteração impactou na previsão de despesas para o ano, que cresceu 7,1%, passando de R$ 12,9 bilhões para R$ 13,8 bilhões. Sendo que até outubro, o governo estadual já havia pago R$ 8,562 bilhões em despesas, o que significa 62% do total.

O problema é que nesse período as receitas não acompanharam a alta das despesas, subindo apenas 1,64% ao longo do ano. O governo do Estado previu arrecadar R$ 12,8 bilhões em 2016, mas atualizou a previsão para R$ 13 bilhões. Até outubro já tinha arrecadado R$ R$ 8,5 bilhões, o que representa 65% do total, mas ainda faltam R$ 4,5 bilhões.

Porém, o governo terminou outubro com R$ 1,424 bilhão em caixa, provavelmente com a ajuda dos gastos com a dívida que caíram pela metade este ano. A dívida consolidada com a União está em R$ 8,2 bilhões, mas dos R$ 698 milhões que iria gastar para amortizar o valor, pagou apenas R$ 349 milhões ao governo federal.

A economia acontece graças as negociações com o governo federal que congelaram o pagamento da dívida no segundo semestre deste ano. O governador Reinaldo Azambuja (PSDB), desde o início de seu mandato, tem batido na tecla de que é preciso uma alternativa para a dívida, dando mais fluxo as finanças.

A dotação prevista com investimentos cresceu 19,8% no ano, passando de R$ 1,4 bilhão para R$ 1,7 bilhão. Porém, dos R$ 995 milhões empenhados até novembro, o governo só pagou R$ 576 milhões. O que significa que ainda falta R$ 1,147 bilhão para serem gastos.

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