Economia

Apesar da pandemia, indústria de MS anuncia crescimento de 5,8% em 2020

Levantamento mostra que exportações do setor lideraram no Estado em pleno ano de pandemia

Ana Paula Chuva | 25/01/2021 13:02
Frigoríficos lideram exportações ao lado do grupo celulose e papel. (Foto: Fiems)
Frigoríficos lideram exportações ao lado do grupo celulose e papel. (Foto: Fiems)

Apesar da economia mundial falar em retração por conta da pandemia, em Mato Grosso do Sul o coronavírus não parece ter prejudicado os negócios. Segundo a Fiems (Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul), o setor fechou em 2020 com alta de 5,8% em comparação ao mesmo período de 2019.

Conforme o levantamento da federação, no acumulado do ano em que o país passou pela pandemia de covid-19, que ainda não acabou,  a receita total da indústria do Estado chegou aos US$ 3,79 bilhões contra os US$ 3,58 bilhões de 2019. Esse é o melhor resultado na série histórica desde 2009.

Só no mês de dezembro a indústria de MS foi responsável por 81% da receita de exportação no Estado. No acumulado do ano chegou aos 65% e, segundo o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da federação, Ezequiel Resende, os grupos que lideram os números são o de celulose e papel e frigorífico. 

“Eles são responsáveis por 73% da receita de exportações do setor industrial, sendo 45% celulose e papel e 28% frigorífico, seguidos dos grupos de óleos vegetais (10%) e açúcar e álcool (8%), explicou. 

A receita de janeiro a dezembro de 2020 para o grupo de celulose e papel chegou a US$ 1,68 bilhão, os maiores compradores de produtos do Estado foram a China com US$ 1 bilhão, seguida dos Estados Unidos com US$ 188,85 milhões e Itália com US$ 112,18 milhões.

 Já para o grupo complexo frigorífico, a receita no ano de 2020 fio de US$ 1,6 bilhão, de acordo com o levantamento 46% vieram das carnes desossadas congeladas de bovino, um total de US$ 489,87 milhões.  No setor, os principais compradores foram Hong Kong com US$ 188,7 milhões, China com US$ 184 milhões e, Chile com US$ 123 milhões.

O grupo de óleos vegetais alcançou no período a receita de US$ 382,81 milhões, com 48% sendo dos bagaços e resíduos sólidos da extração do óleo de soja, um total de US$ 182,53 milhões. Os três principais compradores foram Holanda com US$ 107,31 milhões, Indonésia com US$ 59,62 milhões e Tailândia com US$ 58,68 milhões. 

Por fim, o levantamento mostra que no ano da pandemia, o grupo de açúcar e álcool obteve uma receita de US$ 303,28 milhões, quase tudo vindo de outros açucares de cana, US$ 299,44 milhões e os principais compradores foram Argélia com US$ 67,79 milhões, China com US$ 34,95 milhões e Canadá com US$ 33,52 milhões.


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