Economia

Agência do BB de Maracaju lidera topo de fomento à safra

Redação | 12/11/2010 22:16

A agência do Banco do Brasil em Maracaju registrou o maior valor contratado para fomento da safra 2010/2011 entre toda a rede de varejo da instituição no país. Entre custeio e investimento, os produtores tomaram empréstimos no valor de R$ 85,8 milhões via agência do município.

Os dados são referentes aos meses de julho a setembro, sendo que o valor é 21,5% maior que os R$ 69,6 contratados no ano passado. Desse total, R$ 81 milhões serão investidos no plantio de soja.

Além de Maracaju, Dourados também figura no topo da lista de municípios com agências de maior contratação na safra corrente. A agência Parque dos Ipês, na região central do município, soma R$ 72,5 milhões concedidos aos produtores rurais, figurando na terceira posição do ranking do banco, atrás apenas do município de Alegrete (RS). O total investido pelo banco nesta safra em MS é de R$ 719 milhões.

Para o gerente de agronegócios do BB, Loreno Budcke, os dados demonstram uma evolução real ainda maior que o percentual de crescimento. "Como houve redução no custo de produção, o crescimento real é mais significativo".

Maracaju é o município com maior área de soja cultivada em Mato Grosso do Sul. Na última safra, 187 mil hectares foram destinados à soja, sendo que nesta safra 200 mil hectares estão sendo cultivados com a oleaginosa. Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais do município, Luciano Muzzi Mendes, o resultado é natural a partir do empenho constante dos produtores em investir em iniciativas de crescimento.

Outra posição positiva da agropecuária do estado está no índice de inadimplência, que ficou na casa dos 1,4% na safra 2008/2009. Bem abaixo da média nacional para o segmento registrada pelo BB. Os dados referentes ao ciclo 2009/2010 não estão fechados, mas segundo Budcke, devem ficar abaixo de 1%.

Para o presidente da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de MS), Eduardo Riedel, os resultados de fomento demonstram a importância da região Centro-Sul do estado no cenário da produção agrícola. Sobre inadimplência, o dirigente ressalta que ela reflete o esforço do produtor em honrar seus compromissos apesar das recentes crises.

Ainda assim, lembra que há um passivo das safras 2003/2004, 2004/2005 e 2005/2006, com débitos que foram prorrogados e agora fazem parte dos desembolsos anuais de cerca de 40% dos agricultores do estado. "O produtor é bom pagador. Só não paga quando não tem", enfatiza. (Com informações da assessoria).

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