Direto das Ruas

Técnicos de enfermagem paralisam serviço particular de home care

Em protesto, funcionários da empresa que atende convênios se reuniram na manhã desta sexta

Por Natália Olliver e Clara Farias | 03/05/2024 09:29
Técnicos de enfermagem paralisam serviço particular de home care
Técnicos em enfermagem paralisaram atividades na manhã desta sexta-feira (Foto: Clara Farias)

Técnicos de enfermagem que prestam serviços de home care, em empresa privada da Capital, se reuniram na manhã desta sexta-feira (3) para exigir melhores salários. Conforme os funcionários, a categoria não recebe o suficiente para lidar com tantas vidas e não são contemplados em benefícios básicos como vale-transporte e alimentação. A movimentação aconteceu no bairro Santa Fé.

Com plantão de 12/36, os técnicos recebem R$ 115 por dia e R$ 120 no período noturno. Aos finais de semana e feriados, o valor do diurno é R$ 130 e noturno R$ 137. O pedido é para que sejam pagos, pelo menos, R$ 170 por dia e R$ 200 à noite, durante a semana. 

Joelma Benites, de 45 anos, está na empresa há 5 anos e comenta que além da questão salarial, muitas vezes eles não são tratados como profissionais pelas famílias. “Estamos reivindicando melhoria salarial, trabalhamos 12h, a responsabilidade é muito grande. Estamos lidando com vidas. Além de lidar com paciente, tem que lidar com famílias. Queremos um salário digno. Fora que a folha fecha dia 30 e somos pagos somente no dia 16”. 

Ela comenta que após anúncio de movimentação do grupo a empresa propôs aumento de 2% no salário. “Não vamos aceitar”.

Miriam Ayca, de 40 anos, está na empresa desde 2018. Ela comenta que o valor proposto pela empresa não faz diferença e sequer cobre o valor do passe de ônibus. 

“Fora que temos que levar comida, porque não tem vale-alimentação. Tem família que te acolhe, tem família que te trata diferente, não são tão receptivos. A gente faz de tudo, trocamos fralda, fazemos monitoramento, administração de medicamentos. Temos que ficar de olho no paciente o tempo todo porque estamos lidando com vida, e somos bastante cobrados pela família.”

Segundo a funcionária, são em média 270 funcionários que trabalham na empresa privada. A reportagem tentou contato com ela, mas até o momento não obteve retorno. 

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