Papéis espalhados em rua da Capital são cópias de documentos, confirma PF
Em meio aos papéis, está a cópia da investigação feita pela Polícia Federal durante a Operação Quijarro, em 2010, contra o tráfico de cocaína na fronteira de Mato Grosso do Sul com a Bolívia
Como já havia apurado o Campo Grande News, os papéis que amanheceram espalhados na avenida Ernesto Geisel, próximo ao cruzamento com a Fernando Corrêa da Costa, são cópias de documentos relacionados a inquéritos e processos. A informação foi confirmada pela PF (Polícia Federal), que recolheu a papelada e investiga o descarte.
Em nota oficial, a PF informou que “trata todos os seus documentos em conformidade com as normas federais de sigilo, arquivo e destruição, sobretudo os relativos a inquéritos policiais”.
Em meio aos papéis, está a cópia da investigação feita pela Polícia Federal durante a Operação Quijarro, em 2010, contra o tráfico de cocaína na fronteira de Mato Grosso do Sul com a Bolívia.
O documento detalha o nome dos envolvidos e ainda contém cópias de ligações telefônicas interceptadas pela investigação. Pedidos da defesa a justiça federal, mandados de busca e apreensão em bocas de fumo, prisões em flagrante e até detalhes sobre a investigação do assassinato de Maria de Fátima Florentin Tavares - executada a tiros em fevereiro de 2010 - somam as folhas jogadas na rua.
Para a reportagem, o advogado Mário Sérgio Rosa explicou que os documentos saíram de seu escritório, após limpeza em uma das salas que passará por reforma.
Também na nota, a PF lembra que “é prerrogativa do advogado ter acesso e fazer cópia de documentos de inquérito policial, necessitando, nos casos que tramitam em segredo de justiça, da devida autorização judicial” e que possivelmente tais cópias foram feitas nestas condições.
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