Direto das Ruas

Na Justiça, pai espera custear remédio que previne convulsões de filho

Medicamentos custam R$ 800 por mês; pai trabalha como entregador em uma conveniência de bebidas

Por Alison Silva | 12/02/2024 17:48
Irio Matheus, de apenas cinco anos (Foto: Arquivo Pessoal)
Irio Matheus, de apenas cinco anos (Foto: Arquivo Pessoal)

Na Justiça, o entregador Elias Matheus Pietrobelli, de 32 anos, espera conseguir a gratuidade do medicamento que previne as convulsões do filho Irio Matheus, de apenas 5 anos. Ao nascer, Irio ficou três meses na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) após ser diagnosticado com hipoplasia do nervo óptico, hipercondroplasia e crise convulsiva de difícil controle, tratada com medicação diária. Atualmente, as doenças que afetam o sistema nervoso do garoto despendem de R$ 800 mensais do pai, que ganha pouco mais de um salário mínimo por mês. 

Segundo Elias, o medicamento utilizado pelo filho é a base de Trileptal, usado para tratar crises convulsivas generalizadas. “Recebo cerca de R$ 1,6 mil por mês. Vivo com a minha mãe, tenho de pagar a escolinha dele, tenho outros gastos, e está muito difícil de manter o tratamento”, disse o pai. Cada frasco custa R$ 400 e dura 15 dias. 

Elias Matheus Pietrobelli, de 32 anos, pai de Irio (Foto: Arquivo / Paulo Francis)

Apesar da dificuldade, Elias disse que as condições de vida dele são melhores do que as da mãe de Irio, com a qual divide a guarda da criança. Neste momento, ele aguarda junto à Defensoria Pública Estadual a decisão que irá custear os medicamentos do filho. 

“O julgamento sobre a gratuidade do medicamento está agendado para o mês que vem. Minha luta é para aposentar meu filho pela Loas (Lei Orgânica da Assistência Social), enquanto isso toda ajuda é bem-vinda”, disse ao Campo Grande News. 

A luta de Elias para aposentar o filho perdura desde 2020, período em que o Irio tinha menos de dois anos. Naquela época, o medicamento que hoje custa R$ 800 custava R$ 397 ao pai, que teve o salário impactado pela pandemia de covid-19 naquele momento.

“Ele não pode ficar sem tomar os remédios, porque convulsiona e tem de ir pro oxigênio. Conto com a ajuda do patrão e das pessoas que vêm aqui. Faço rifas e assim temos conseguido manter ele medicado”, disse na ocasião. 

Nascido de 36 semanas, o filho teve sífilis congênita na gestação, e a família passou 96 dias na UTI. Ao sair do hospital, Elias já tratou de conseguir custear os medicamentos do filho, fator que pretende realizar em breve. 

Interessados em ajudar Matheus e seu filho, entrem em contato através do número (67) 99226-1894. 

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