Fauna em risco: moradores denunciam atropelamentos de animais silvestres
Registro foi feito nesta segunda-feira (17), na Avenida José Barbosa Rodrigues, no Bairro Bosque das Araras

Um quati foi encontrado morto na tarde desta segunda-feira (17) na Avenida José Barbosa Rodrigues, no Bairro Bosque das Araras, em Campo Grande. O animal foi atropelado e ficou caído na via, conforme relato do servidor público estadual Edson da Silva, de 55 anos. Esse caso foi sugerido por leitor que enviou mensagem pelo canal Direto das Ruas.
RESUMO
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Um quati foi atropelado e morto na Avenida José Barbosa Rodrigues, em Campo Grande, gerando preocupação entre os moradores do Bairro Bosque das Araras. Eles relatam que motoristas trafegam em alta velocidade, ignorando a presença de animais silvestres na região. Edson da Silva, servidor público, e Cleo Santos, moradora local, destacam a necessidade de mais sinalização e medidas de proteção para evitar novos atropelamentos. A Prefeitura ainda não se manifestou sobre o caso.
Segundo os moradores, motoristas trafegam em alta velocidade na avenida, sem preocupação com os animais silvestres que vivem na região. "Aqui tem muito fluxo de carros. Infelizmente, o pessoal não respeita os animais. Por volta das 16h, eles começam a atravessar a pista, mas os motoristas ignoram esse fato", disse Edson.
Ele afirma que não é a primeira vez que atropelamentos acontecem no bairro. "Muitos animais estão morrendo. Peço que os moradores de todas as regiões tenham consciência, porque eles precisam atravessar", reforçou.
Moradora do bairro desde 1992, Cleo Santos relata que os animais habitavam a área antes da chegada dos moradores. "Esse espaço é deles. Eu cuido desses bichos há 23 anos e sempre peço placas, quebra-molas e a instalação de telas para protegê-los", contou.
Ela afirma que os dois redutores de velocidade existentes na avenida não são suficientes. "Já encontrei quatis, capivaras, tatus e até ouriços mortos. As pessoas dirigem em alta velocidade, mesmo sabendo que o limite é 30 km/h. No Parque dos Poderes ninguém corre, mas aqui parece que respeitar a vida não é importante", criticou.
Além de medidas de fiscalização, Cleo cobra placas de sinalização maiores e mais visíveis. "Essas plaquinhas pequenas não chamam atenção. Precisamos de placas grandes, de preferência a cada 100 metros, para que as pessoas realmente percebam e isso pese no bolso", finalizou. Ela destaca ainda que já foi até rodovias federais e fotografou os modelos de placas que deviam estar dispostas na Avenida José Barbosa Rodrigues.
Segundo a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) ao longo da Avenida José Barbosa Rodrigues, que possui aproximadamente 6 km de extensão, há 4 quebra-molas e 10 faixas elevadas. "Diante das informações relatadas, a Agetran encaminhará uma equipe técnica para reforçar a sinalização no local. Além disso, será realizado um estudo para avaliar possíveis melhorias na segurança viária da via, com foco na proteção da fauna", diz a nota.
(*) Matéria editada às 13h44 de terça-feira (18) para acréscimo de nota.
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