Direto das Ruas

Família se queixa da demora para transferência de menina de UPA para hospital

Adriano Fernandes | 14/09/2018 20:24
Fachada da UPA da Coronel Antonino. (Foto: Arquivo)
Fachada da UPA da Coronel Antonino. (Foto: Arquivo)

A demora de mais de 24 horas para a transferência de uma menina de apenas 2 anos do UPA (Unidade de Pronto Atendimento Comunitário) da Coronel Antonino para um dos hospitais da Capital, causou momentos de angústia e desespero NA família da menina.

Com vômito e muita fraqueza a pequena deu entrada na unidade por volta das 19h desta quinta-feira (13), mas o atendimento não foi imediato. “Ninguém atendeu a gente e os poucos médicos que estavam lá, deram no máximo soro para ela. Um descaso total”, conta a tia da garota, uma assistente social de 32 anos.

A assistente conta que em determinado momento e junto com a mãe da criança, uma cozinheira de 25 anos, perdeu a paciência com uma das médicas do local. O desespero levou a uma discussão generalizada.

“Ela nos xingou e hoje denunciamos ela no CRM (Conselho Regional de Medicina)”, adianta. Ela conta que só hoje (14) às 15h que um médico se sensibilizou com o estado da garota e a submeteu a um exame de raio-x.

“O médico notou uma obstrução no estômago dela, mas como o exame não era preciso, não sabiam sequer qual o melhor medicamento indicar”, acrescenta. Só às 16h16 de hoje que o pedido de transferência da garota entrou com prioridade máxima no sistema de regulação da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde).

Mas a demora para o encaminhamento, mais uma vez levou a família ao extremo. “Estamos aqui na Santa Casa implorando atendimento para ela, mas eles falam que não podem receber. Que não tem médico para atender ela. Em toda a Santa Casa”, se queixou. 

A família fez contato com todas as ouvidorias dos principais hospitais da cidade, SUS (Sistema Único de Saúde) e até cogitaram tirar a garota do UPA por conta própria para irem implorar atendimento na Santa Casa.

Por volta das 20h35 de hoje a reportagem fez contato com a Sesau por meio de assessoria de imprensa que assegurou a transferência da menina para o Hospital Regional. Mais de 24h horas depois da criança dar entrada no UPA da Coronel Antonino.

Transferências - O encaminhamento dos pacientes é feito conforme surgem as vagas nos hospitais da cidade, ou seja, apesar das recorrentes reclamações a espera é uma realidade enfrentada por todos os moradores que buscam atendimento. 

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