Direto das Ruas

Estudante acusa CCZ de sacrificar cão de estimação sem consentimento

A tutora afirma que o animal era vacinado e não tinha doença. “Meu coração está em pedaços”, lamentou

Viviane Oliveira | 16/01/2020 10:45
Alf posando para foto (Foto: Direto das Ruas)
Alf posando para foto (Foto: Direto das Ruas)

A estudante de direito Laiana Scheibler, 27 anos, acusa o CCZ (Centro De Controle De Zoonoses) de sacrificar o seu cachorro de estimação, “Alf”, sem consentimento. A tutora afirma que o animal era vacinado e não tinha doença. “Meu coração está em pedaços”, lamentou.

Segundo Laiana, mora numa vila com quatro casas, na Vila Palmira, e Alf ficava dentro do imóvel, pelo menos na maioria do tempo, mas quando escapava ia para a rua porque os vizinhos esqueciam o portão aberto. No dia 23 de dezembro, ela saiu por volta das 7h para ir ao estágio, quando horas depois recebeu mensagem da mãe informando que o animal havia fugido.

Ao chegar em casa, a estudante foi atrás de Alf, mas sem sucesso. Quatro dias depois de buscas, no dia 27, Laiana resolveu ir ao CCZ e encontrou o animal em um dos canis. “Fiquei muito feliz e falei para o servidor que o cachorro era meu. Que iria levá-lo embora. Foi quando virou para mim e disse: Não poderá levá-lo. Ele terá que passar por exames”, contou.

O funcionário disse que a tutora também deveria pagar uma taxa R$ 52.70, sendo R$ 15 do microchip e R$ 37,79 do resgate que o órgão fez ao ir buscar o animal na rua. O valor deveria ser pago em agência bancária ou numa casa lotérica. “Deixei todos os meus dados e contatos com o CCZ e disse que voltaria para resgatá-lo. No momento estava sem dinheiro”, contou.

Alf brincando no sofá de casa (Foto: Direto das Ruas)
Carteira de vacinação do animal, que tinha pouco mais de 4 anos (Foto: Direto das Ruas)

Ontem (15), 19 dias depois, Laiana voltou ao órgão e para sua surpresa o cachorro havia sido sacrificado. “Eles falaram que já tinha passado do prazo que era de 3 dias. Mas quando fui lá atrás do meu cachorro, ninguém me falou que havia um tempo determinado. Ele não tinha doença. Era vacinado e vivia dentro de casa com crianças", reclamou. 

Outro lado - Segundo a Prefeitura, por meio de nota, o animal foi recolhido no dia 23 de dezembro, após denúncias de que ele estaria avançando nas pessoas que transitavam pela rua. Três dias depois a proprietária compareceu ao CCZ para fazer o reconhecimento do animal, sendo informada de suas responsabilidades e prazo de três dias úteis para a retirada, conforme a lei complementar municipal nº 79/2005 e a estadual nº 2990/2005, que tratam da posse de animais.

"Ela retornou ao CCZ apenas 20 dias depois do primeiro contato. Como o animal era agressivo, não podendo ficar com outros cães, e avançava também em humanos (ele tinha um comportamento incompatível para ser colocado para adoção), somado ao fato de receber o diagnóstico clínico de Leishmaniose - ele possuía feridas pelo corpo, aumento de linfonodos, anemia e emagrecimento - fatos esses que resultaram na eutanásia do animal", informou o texto.

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