Direto das Ruas

Casal que aparece em vídeo retirando equipamentos de academia nega furto

Esposa de empresário alega que lutador deu “golpe” e aparelhos foram guardados para evitar mais prejuízo

Beatriz Magalhães | 01/12/2021 19:31
Academia que seria inaugurada pelo empresário Wellington e o lutador Nilson (Foto: Direto das Ruas)
Academia que seria inaugurada pelo empresário Wellington e o lutador Nilson (Foto: Direto das Ruas)

O homem e uma das mulheres que aparecem em vídeo retirando equipamentos de uma academia que nem chegou a ser inaugurada, no Centro de Campo Grande, alegam ser donos do material. O casal foi acusado de furto pelo lutador Nilson Pulgatti, de 45 anos, mas conta outra história.

Na manhã desta quarta-feira (1º), Nilson fez denúncia de furto ao Campo Grande News, enviando, por meio do canal Direto das Ruas, foto do boletim de ocorrência, registrado ontem (30), e vídeo do suposto "arrastão".

Nas imagens, aparecem um homem e três mulheres carregando tatâmes, aparentemente, muito tranquilos. A estudante Ana Laura Soliz, de 23 anos, diz ser uma das pessoas gravadas. À reportagem, ela afirmou que é esposa de Wellington Andrew, de 35 anos, um dos proprietários do empreendimento, que ainda estava sendo montado no Centro da Capital em sociedade com o lutador. 

“Nós estávamos lá para pegar o que era nosso, que compramos com o nosso dinheiro antes que ele [Nilson] terminasse de levar tudo que tínhamos”, afirmou Ana Laura, em entrevista.

A estudante conta ainda que quando chegou à academia percebeu que mais da metade dos equipamentos não estavam lá. O casal questionou se o dono do estacionamento em frente ao local sabia o que havia acontecido e ele teria dito que o lutador esteve no local e retirou algumas coisas dizendo que levaria para um evento em Costa Rica. 

Já Nilson Pulgatti, havia dito mais cedo ao Campo Grande News que o furto aconteceu enquanto ele estava em Costa Rica, a 305 km da Capital, trabalhando na organização do evento Pantanal Fight Championship e que o prejuízo seria de aproximadamente R$ 180 mil.

O lutador que procurou o jornal foi à Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro de Campo Grande e comunicou um "furto qualificado com destruição e rompimento de obstáculo", sem informar que conhecia os autores do suposto crime. O registro da ocorrência foi feito às 14h49 dessa terça-feira (30).

“Nós soubemos que ele estava nos acusando de furto quando mandaram o link da matéria em um grupo da empresa da qual somos franqueados. Como eu posso furtar uma coisa que é nossa? Ele sabe quem somos, sabe onde a gente mora, onde é a minha casa, como que ele não iria reconhecer a gente no vídeo?”, questiona Ana Laura. 

O casal deve ir à Polícia Civil para esclarecer os fatos. 

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