Direto das Ruas

Alunos denunciam negligência de clínica escola após cão morrer

Em nota, a assessoria da UCDB informou que o hospital não faz resgates, mas que jamais negaria atendimento

Ana Beatriz Rodrigues | 01/04/2022 17:33


Alunos acusam a Clínica Veterinária Escola da UCDB (Universidade Católica Dom Bosco) de negligência. De acordo com a organização Instituto Guarda Animal, o cachorro foi atropelado dentro na universidade na noite de ontem (31). Os alunos garantem que levaram o animal até a clínica, mas ninguém do hospital fez o atendimento.

No vídeo encaminhado ao Campo Grande News, é possível ver o cachorro em um dos corredores da UCDB, com a respiração ofegante e babando muito. 

O acadêmico de Direito, Matheus Salessi de Miranda, de 25 anos, contou que quando chegou à universidade, por volta das 17h30, o animal já estava machucado e que uma funcionária da limpeza informou a ele que o cachorro tinha sido atropelado.

“Eu não sabia muito o que fazer, então peguei o meu carro e fui até o hospital veterinário para conseguir ajuda, mas um segurança que cuida daquela área me informou que já havia encerrado o atendimento e que não tinha plantão no hospital”, contou o acadêmico. 

O local funciona até às 17h, sem regime de plantão. Mas por volta das 16h, um grupo de acadêmicos já havia comunicado o atropelamento do cachorro, sem que o animal fosse recolhido, apesar de estar muito próximo da clínica.

Matheus voltou onde o cachorro estava e, com ajuda de outras pessoas que passavam no local, colocou o animal dentro do carro e levou até clínica particular na Avenida Mato Grosso. 

Pelas redes sociais, uma aluna disse ter vergonha da atitude da instituição. (Foto: Direto das Ruas)
Pelas redes sociais, uma aluna disse ter vergonha da atitude da instituição. (Foto: Direto das Ruas)

Depois de passar por ultrassom de emergência, o animal não resistiu aos ferimentos e morreu. O veterinário contou para Matheus que o cachorro estava com todos os órgãos "destruídos", ferimentos que reforçam a versão do atropelamento. 

Em nota, a assessoria da universidade contou uma outra história. Admitiu que por volta das 16h, uma pessoa pediu informações na clínica. Informou ainda que o animal não foi levado até a unidade de atendimento e que socorro jamais seria negado na situação. Uma atendente apenas informou que não havia equipe para resgate de animais, mas que o atendimento seria realizado caso o animal fosse levado até as dependências do hospital e que o mesmo precisaria de um tutor responsável para acompanhá-lo no processo.

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