Esportes

Minutos antes de jogo tem correria para quem não quer perder a Seleção

Torcedores aceleram veículos, buscam conveniências e compram últimas camisetas para torcer à caráter na estreia contra a Suíça

Humberto Marques | 17/06/2018 14:12
Procura por camisetas, segundo vendedora, aumentou às vésperas do jogo. (Foto: Humberto Marques)
Procura por camisetas, segundo vendedora, aumentou às vésperas do jogo. (Foto: Humberto Marques)

“Que 7 a 1, nada. Eles acabaram de perder”. Foi o que disse o estudante Carlos André Ribeiro, 18, enquanto corria para algum lugar para assistir o jogo entre Brasil e Suíça, estreia da Seleção Brasileira da Copa do Mundo da Rússia, lembrando tanto do traumático placar como da derrota dos alemães para o México poucas horas antes. “Vou numa conveniência mesmo, mas não perco”, prosseguiu, enquanto entrava no carro de amigos no cruzamento da rua Paraíba com a rua Euclides da Cunha momentos antes do início do jogo.

Pela cidade, enquanto o time montado pelo técnico Tite se preparava para entrar no Rostov Arena, o fluxo de trânsito se mostrava mais apressado. Rojões começavam a estourar. E pequenos grupos se tornavam em multidões em alguns pontos da cidade que transmitiriam o jogo.

O empresário Fernando Avesani, neste ano, manteve a tradição iniciada em 1990 e montou na Cerv Já –cruzamento da avenida Afonso Pena com a rua Rio Grande do Sul– um telão de LED para permitir a quem quisesse acompanhar o jogo de graça. Por R$ 10, teria acesso à área VIP, com garçons e televisões sintonizadas no jogo.

“Desde que comecei em 1990 nunca parei. Fizemos festa aqui em todas as edições”, disse Fernando, que prometeu ainda uma brincadeira: um bolão gratuito, valendo uma caixa de cerveja. E, para não passar em branco, deixou claro no peito –literalmente– o seu palpite: 3 x 0 para o Brasil, escritos em uma faixa de velcro.

No meio de tantos presentes à conveniência e à choperia, diferentes apostas: 1 x 0, 2 x 1, 5 x 0 para alguns mais otimistas. Bom para a família de Maria de Fátima Cardoso da Cruz, que na esquina da conveniência montara um varal onde vendia as últimas unidades de camisetas verde-e-amarela.

“Estamos aqui desde as 7h30, e agora há pouco aumentou um pouco a procura. O pessoal foi deixando para o final, até no fim do jogo, para comprar”, disse Maria, dando a receita das boas vendas. Para o jogo? Aposta de uma vitória por 3 x 1, abrindo o caminho para o Hexa. “Tomara que dê tudo certo para o Brasil”, afirmou.

“Estou comprando uma para minha mulher”, disse um cliente de Maria, ainda dentro do carro com uma criança, buscando a última peça para a torcida enquanto, ao fundo, já se via torcedores perfilando para acompanhar o Hino Nacional.

Fernando e o palpite no peito para o confronto contra os suíços
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