Manoel Afonso

Juiz Odilon tem até abril de 2018 para decidir futuro político

Manoel Afonso | 17/03/2017 10:15

‘FACADAS’ Após o encontro entre Sergio Longen, presidente da Fiems (Federação das Indústrias de MS), e Junior Mochi, presidente da Assembleia Legislativa, decidiu-se: a questão dos valores cobrados pelos cartórios no MS será apreciada pelos deputados. Já o desembargador Luiz Tadeu Barbosa Silva enviou email ao colunista comunicando que as denúncias não passarão em branco no Tribunal de Justiça. Acreditar é preciso; só acredito vendo!

CALMA! O juiz federal Odilon de Oliveira só mandou contar o tempo de serviço. Há várias questões que leva em conta para pedir a aposentadoria, inclusive a sua segurança pessoal. Quanto a eventual candidatura, pela Lei Complementar 64 de 1990, ele pode se filiar até 6 meses antes das eleições.

O MESMO prazo vale para a desincompatibilização do cargo de juiz, a exemplo de ministros, comandantes das Forças Armadas e membros dos tribunais de contas. O pleito eleitoral de 2018 (1º turno) será dia 2 de outubro e, assim, a desincompatibilização e a filiação partidária podem ocorrer até 1º de abril de 2018.

DESEJOS O Senado seria o maior do juiz Odilon. Mas, a turbulência atual pode desgastar a classe política e assim ensejar o sentimento de renovação, como na capital paulista com João Dória Jr.

EXEMPLO Cuiabá tem tradição política, mas em 2010 o procurador federal Pedro Taques (PDT) deixou o cargo e chegou ao Senado batendo políticos tradicionais. Já em 2014 venceu em 122 cidades das 141 cidades do Mato Grosso, elegendo-se governador empunhando a bandeira da moralidade administrativa e o combate ao crime organizado.

ARREMATE Qualquer leitura enxergará um cenário político e social ruim após a revelação dos nomes da lista do procurador Rodrigo Janot. As discussões sobre as reformas e a recessão econômica aumentarão o ceticismo da população. Figuras apolíticas poderão ocupar espaços. Claro, os inevitáveis ‘salvadores da pátria’ não serão bem-vindos.

INTERESSANTES os números da amostra da ‘Ranking Comunicação e Pesquisa’ (estimulada) para o Senado, em 17 cidades, entre 1 e 10 deste mês. Nelsinho 12,83% ; Zeca do PT 11,16%; Pedro Chaves 9,53%; Moka 5,20%; Ayache 4,63%, Bernal 2,70%. 46,82% não sabem/não responderam. Há um grande oceano de votos a conquistar.

ANÁLISE Levando-se em conta as duas vagas para o Senado em 2018 , pode-se dizer que a eleição está em aberto neste momento. Evidente, vários fatores vão influenciar: desde o peso da chapa majoritária até o cenário econômico-social do Estado e do país.

MOLEZA Líderes sindicais não precisam trabalhar. Aí podem esticar as greves e acampar por meses protestando. Imagine quem paga essa conta? Ora! Enquanto o Brasil já tem 18 mil sindicatos, a Inglaterra tem 168, a Dinamarca 164 e a Argentina 91. É preciso sim acabar com a teta da contribuição sindical.

VERGONHA Devido a lei de inspiração fascista de Getúlio Vargas, montou-se uma estrutura da justiça trabalhista sem igual no mundo. Custa os olhos da cara e inibe a geração de empregos. Esse fator aliado aos altos impostos está gerando empregos no vizinho Paraguai. Onde chegamos!

DR. LÍVIO Do papo que tivemos, concluí que o médico cearense Lívio Leite, vereador (PSDB) na Capital, tem a visão equilibrada da postura do homem público. Não se deixa levar pela sanha do poder e não disputará o pleito de 2018. Acha que a Câmara Municipal é um cenário ideal para se praticar a boa política. Gostei.

PARCEIROS Para todos os vereadores com quem conversei nesta semana, a relação entre o Legislativo e o Executivo da Capital pede juízo e equilíbrio. Eles destacam a notória situação complicada da prefeitura e a postura aberta do prefeito, Marquinhos Trad (PSD), para tentar reverter o quadro. Que essa lua de mel seja longa.

VEREADORES têm compromissos com seus eleitores e até pretensões de disputar as eleições de 2018. É natural, faz parte do jogo. Mas, lembro: ainda há muito tempo para ocupar espaços e marcar presença sem o velho e conhecido radicalismo demagógico.

PREOCUPAÇÃO Como ficará a situação do Mato Grosso do Sul após o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, dizer que só terão ajuda os Estados que privatizarem suas empresas de energia e saneamento, além de elevarem a contribuição previdenciária do funcionalismo? Aliás, isso está sendo feito pelo Rio de Janeiro.

DÚVIDAS O deputado estadual Amarildo Cruz (PT) desabafa ao colunista sobre os transtornos com o fechamento das Agenfas (Agências Fazendárias). Perde-se a referência e assim prejudica-se o pequeno contribuinte sem condições, que terá que se socorrer de um contador para a emissão de uma simples nota. Amarildo é do quadro fazendário, conhece a realidade.

JR. MOCHI A habilidade do deputado do PMDB em pautar e conduzir a apreciação de matérias delicadas tem arrancado elogios de seus pares, sem distinção partidária. Até o ex-governador André Puccinelli elogia em tom de ironia: “O Jr. Mochi tem se saído melhor do que a encomenda, peemedebista de confiança do governador”.

O PREÇO Denunciado pelo STF, o deputado federal Vander Loubet (PT-MS) esperneia. A opinião pública diz que ele exagerou na dose, atravessou o sinal. Outro caso é do seu colega Carlos Marun (PMDB-MS). Caminha para o desgaste devido a reforma da Previdência, mas com maiores chances de sobrevivência.

FRANCAMENTE... Que decepção! O nosso sociólogo defendendo a tese de que o dinheiro do Caixa 2 – tomado e destinado sem vantagem pessoal, não seja visto como corrupção. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) mancha a biografia e iguala-se aos Jucás da vida e outras figuras criticadas pela opinião pública e nas redes sociais.

POLIVALÊNCIA É o diferencial exigido do governador Reinaldo Azambuja (PSDB) nesta fase delicadíssima de sua administração. Na prática, os R$ 134 milhões que economizará com a reforma administrativa solucionará os problemas e redirecionará a nau neste mar tão revolto? Essa a pergunta.

PREOCUPA? Sim. Pelas conversas nos gabinetes e corredores da Assembleia Legislativa não há como separar a grave crise política nacional (Lista do Janot), nem as medidas econômicas do Planalto às chances de sermos socorridos financeiramente e assim viabilizar a contento a administração estadual. Reverter o quadro é um desafio.

“Essa é a grande novidade da reforma da Previdência: aposentadoria póstuma.” (José ‘Macaco’ Simão)

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