Ensinar Juntos

Educação com responsabilidade social

Por Carlos Alberto Rezende (*) | 05/10/2023 15:04

A responsabilidade social é importante no âmbito educacional e por si só é considerada uma prática padrão baseada no desenvolvimento do ser humano, nas suas potencialidades, habilidades e competências, ou seja, forma cidadãos para que eles modifiquem o seu entorno.

Segundo estudiosos, a escola compreende um papel fundamental na construção de um ser mais reflexivo e ativo, perante os acontecimentos do mundo. Os professores, composição importante deste processo, necessitam enxergar o lugar escola como um momento de aprendizagem constante, encontrando no aluno as possibilidades de rever suas metodologias de ação.

Os (as) alunos (as) dos anos iniciais e da educação infantil perguntam muito. Perguntam sem medo! Perguntam o óbvio e o impossível de responder. Humildemente, eu penso que o (a) professor (a) deve explicar o conteúdo alicerçado na dificuldade dos (as) alunos (as), e a partir daí estabelecer uma relação com a informação e de que forma aquilo causa impacto na sua vida e na vida dos outros.

O poder transformador da educação atua diretamente na qualidade de vida das pessoas envolvidas e atingidas, pois a ideia de uni-la à responsabilidade social é preparar profissionais para o mercado de trabalho e contribuir para o desenvolvimento dos seus projetos de vida, que não sejam unicamente de se obter sucesso econômico e financeiro. Como dizia o inesquecível campo-grandense Maurício Vargas, fundador do site Reclame Aqui: “Não faz muito sentido acumular riqueza. O legal é ter um negócio que melhore a vida das pessoas.” 

Peço licença as pessoas que me leem nesse momento, mas eu preciso deixar registrada a falta que o amado amigo e irmão Maurício Vargas me faz. Infelizmente a Covid o levou, mas o seu legado é gigante e inegável. Maurício Vargas, presente eternamente em nossos corações!

A escola deve ser um espaço de responsabilidade social e necessita ter como parâmetro de ação a interpretação e o desenvolvimento de competências ou capacidades, ou ainda de reações reflexivas e coletivas. Eu me lembro de certa ocasião na qual eu tive a honra de ser paraninfo na formatura do antigo ensino médio e na fala do orador da turma, eu ouvi: "Somos o futuro da nação!"; como eu discursei posteriormente, aproveitei a deixa e destaquei na minha narrativa, sobre o tamanho da responsabilidade social que eles teriam no futuro próximo, deixando evidente o privilégio por estarem matriculados e formados por uma boa escola, privilégio esse proporcionado pelos pais ou responsáveis com o intuito de que os seus filhos e as suas filhas se tornem cidadãos e cidadãs do mundo.

Diante do exposto, eu proponho uma educação que cultue a paz na convivência familiar, que haja diálogo, muita participação e proximidade, pois esse é o ponto de partida para que a paz germine no coração das crianças. Cabe ressaltar que os pais são a primeira referência dos filhos e essa influência deve ser a melhor possível, com respeito, espírito de colaboração, tranquilidade, prática da empatia, solidariedade, aceitação de diferenças e carinho pelo ambiente doméstico e pela natureza. Educar com gestos e atitudes, ensinar a compreender, a perdoar e a defender-se sem agredir são os primeiros passos para o caminho da paz e da convivência harmônica com responsabilidade social.

(*) Carlos Alberto Rezende é conhecido como Professor Carlão.

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