Em Pauta

Teto do pedágio na BR-163 será de R$ 5,5. Leilão acontece no dia 27

Mário Sérgio Lorenzetto | 04/11/2013 07:55
Teto do pedágio na BR-163 será de R$ 5,5. Leilão acontece no dia 27

Leilão da BR-163 será no dia 27 de novembro e o pedágio terá teto de R$ 5,50 por 100 km

As empreiteiras venceram a queda de braço com o Ministério dos Transportes e o leilão da rodovia BR-163 , entre Mato Grosso do Sul e o Mato Grosso, marcado para o dia 27 de novembro, terá uma tarifa máxima de R$ 5,50 por cada 100 km. Vence quem oferecer o maior deságio, isto é, a empreiteira que conseguir o menor preço, abaixo dos R$ 5,50, levará a concessão.

O governo federal avalia que com esse preço as chances de muitos concorrentes aumentaram substancialmente. O novo ajuste do pedágio na rodovia também foi saudado pelas empreiteiras. Nos bastidores eles elogiam o diálogo aberto com o Palácio do Planalto nas últimas semanas e afirmam que o ponto de inflexão foi o fracasso na tentativa de leiloar a BR-262 entre o Espírito Santo e Minas Gerais.

Nos estudos realizados pelo TCU (Tribunal de Contas da União), o valor máximo do pedágio seria maior que os R$ 5,50. O governo federal teve de fazer alguns ajustes para assegurar a concorrência, reduziu a previsão de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) e o impacto que cada ponto percentual de expansão da economia tem sobre o fluxo de veículos e também um risco maior de engenharia.

Funcionários públicos ganham mais que os trabalhadores das companhias privadas

Os funcionários das instituições públicas têm mais anos de estudo, são mais velhos, ganham mais e ficam mais tempo no mesmo emprego do que os trabalhadores das companhias privadas. A média de idade do pessoal nas públicas é de 39 anos, ante 34 das privadas.Os trabalhadores das empresas privadas recebem, em média, R$ 2.995,00, e no serviço público o salário médio é de R$ 5.500,00.

Óbvio que o salário de algumas corporações como juízes, promotores, fiscais, oficiais de polícia e delegados, além de ministros e secretários, puxam a média para cima. Nas corporações privadas, há o dobro de mulheres em cargos executivos, 34%, do que nas instituições públicas com 16%. Em comum, eles pensam que uma boa empresa para trabalhar é aquela em que se sentem satisfeitos e motivados.

Os ambientes mais prazerosos para trabalhar no Brasil.

É possível existir um benefício que não está escrito em nenhum manual de recursos humanos, mas que funciona como uma das práticas mais eficientes para ter um bom clima e motivar os funcionários. Um lugar acolhedor, confortável e bonito. Pode tornar a pressão por resultados e as longas jornadas mais amenas.

Neste século, a criatividade é fundamental. Um espaço que não seja conservador é um convite a pensar de maneira incomum. Ambientes menos cinzentos e mais humanos. A seguir, alguns dos lugares mais incríveis para trabalhar. Deixe-se surpreender...

As profissões com diploma universitário com mais vagas no mercado brasileiro nos últimos três anos

É muito difícil alguém irá errar a profissão com mais vagas no Brasil. Ela vem desde há mais de uma década ocupando os primeiros lugares ininterruptamente – os analistas de tecnologia da informática ocupam a primeira posição e permanecerão ocupando os primeiros lugares por mais algum tempo. São os mais procurados com mais do dobro de vagas sobre a segunda profissão.

Se a primeira questão é fácil de resolver, a segunda é inimaginável. Sabe qual a profissão que ocupa o segundo lugar no sistema de vagas do mercado nacional? Sabe não. Enfermagem.

Estamos discutindo importar mais médicos para o país há meses. Não olharam para o lado do médico, onde geralmente tem um enfermeiro, para analisar a complexidade do sistema de saúde. Falha grotesca.

Alguém já parou para pensar que é preciso o “Mais Enfermeiros”?

Quem estudou e se deparou com o problema foi o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). Sabe o que é esse Ipea? É uma antiga fundação pública federal vinculada à Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República. Esse órgão estuda temas de grande importância para o Brasil. Está estudando, hoje, por exemplo, “homicídios reduzem a vida dos negros” ou “o Programa Bolsa Família reduziu a miséria em 28% nos últimos dez anos”. É sério, não manipulado politicamente.

O levantamento do Ipea revela que de 2009 a 2012, dos 304.317 postos de trabalho de nível superior abertos no Brasil, 27.282 vagas, quase 9% do total, foram para a enfermagem. Isso quer dizer que esses profissionais só foram menos requisitados que os analistas de tecnologia da informação que tiveram abertas 49.535 vagas.

Será que a tradicional incompetência, a exceção foi o período do José Gomes Temporão à frente da saúde, desse Ministério abrirá o debate de que necessitamos de Mais Enfermeiros?

Bois de orelhas cortadas e a caça aos caloteiros

Contam que um investidor emprestou alguns milhões de reais para um pecuarista que oferecia em garantia alguns milhares de bois identificados por chips presos nas orelhas dos animais. O negócio parecia sério, honesto e seguro. Não havia como deixar de localizar o gado pelos chips.

O pecuarista não pagou a dívida e o gado desapareceu do monitoramento. Processar na Justiça? Cadeia não solucionaria a dívida. Contratou uma das empresas brasileiras que se especializaram em caçar caloteiros.

Os caçadores de caloteiros encontraram primeiro o registro de outra pequena fazenda do caloteiro. Lá estavam algumas centenas de bois com as orelhas cortadas. Seguiram o cunhado do pecuarista e encontraram o restante do gado.

Outra técnica dos caçadores é ler assiduamente a coluna social. O devedor que simula uma falência e esconde o dinheiro em paraísos fiscais são facilmente identificáveis por não mudar o padrão de vida e continuar a aparecer em festas colunáveis.

Mercado e profissão antigos, caloteiros e caçadores de caloteiros. A novidade fica por conta da profissionalização e desenvolvimento das técnicas detetivescas não só com aparatos high tech, mas com inovações e muita organização.

Remédios genéricos no Brasil e no exterior

Trata-se de uma revolução, ninguém vai chamar este nome para se referir aos medicamentos genéricos no Brasil. Talvez por um problema de autoestima nacional ou sabe-se lá por qual motivo, mas o Brasil não é um país que agrada as empresas farmacêuticas. Não se comparado com outros lugares do mundo. O início da revolução provavelmente começou há muitos anos e nem todos se lembrem que um certo ministro da saúde decidiu quebrar a patente dos medicamentos para a AIDS no país. Na realização da escolha entre a vida e a economia, a vida deve prevalecer. Esta foi a decisão de um governo que não era considerado “de esquerda”. A continuidade da revolução se deu com os medicamentos genéricos, literalmente, uma pílula que a indústria farmacêutica teve dificuldades em engolir. Brasileiros tomam medicamentos genéricos e isto não é um problema. Um amigo me relatou que, uma vez viajando de avião para São Paulo viu a propaganda dos medicamentos genéricos na poltrona do avião e um grupo de estrangeiros fazer ironias com o medicamento genérico, utilizando o termo genérico como se fosse “para curar todas as doenças”. Estavam tremendamente enganados, não apenas pela piada infame, mas pela importância dos medicamentos para toda a população. No Brasil, os genéricos começaram a ser comercializados em 1999 e, após quatro anos, passaram a atender 60% da população.

Lá fora, população desconfia da eficácia dos genéricos

E como fica a situação em outros lugares do mundo? Nos Estados Unidos há cerca de 30 anos tornou-se possível a produção de medicamentos genéricos, contudo, apesar do incentivo das autoridades públicas para o consumo de medicamentos genéricos, que garantem sua segurança e eficácia, a população desconfia dos genéricos. Em 2007, um hospital em Boston entrevistou mais de mil pacientes sobre a opinião deles acerca dos medicamentos genéricos. Os entrevistados concordaram que os genéricos eram mais baratos, mais da metade disse que as pessoas deveriam consumir mais genéricos, mas quando se tratava dos próprios pacientes, apenas 38% disse que eles preferiam genéricos em relação a remédios com o nome fornecido pelas indústrias farmacêuticas. Outros estudos demonstram que os pacientes de baixa renda estão entre os mais céticos a respeito dos genéricos.

Tratando-se desta parcela da população que, pela baixa renda acaba por ter também dificuldade de acesso à informação, o ceticismo é aceitável. O problema está em relação aos médicos: 50% dos médicos nos Estados Unidos tinham uma perspectiva negativa em relação aos genéricos, e mais de um quarto disse que preferia não tomar genéricos ou recomendar para membros de sua família. Parte do problema, dizem, está no nome “genérico”. Volto para a história do meu amigo, os “gringos” estavam e continuam errados a respeito dos genéricos e preferem pagar pela marca do produto. Problema deles...

Governo alemão permite que pais registrem bebês com gênero indeterminado

A Alemanha surpreendeu. É o primeiro país da Europa a permitir que bebês nascidos com características de ambos os sexos sejam registrados sem precisar determinar se são meninos ou meninas. A medida entrou em vigor na última semana e, permite aos pais deixar o campo para a categoria do sexo no registro de nascimento como “indeterminado”. O objetivo do governo alemão é deixar os pais livres de decisões rápidas sobre as de cirurgias de determinação de sexo.

A estimativa é de que uma a cada 2 mil crianças nasçam com características de ambos os sexos. A condição é determinada como intersexuais (ou hermafroditas). São pessoas que nascem com a combinação de cromossomos masculinos e femininos ou até órgãos genitais com características dos dois gêneros.

Por conta da condição biológica dos filhos, muitos pais definiam pela cirurgia para viabilizar o máximo de determinação do gênero da criança. Em alguns casos, o procedimento era realizado em bebês recém-nascidos. Com resultados sem clareza, os efeitos estão na pressão à vida adulta e, em consequência, ao sistema de saúde.

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