Em Pauta

Teremos uma terceira onda na pandemia?

Mário Sérgio Lorenzetto | 17/12/2020 07:00
Campo Grande News - Conteúdo de Verdade

Há algo que escapa para aqueles que fazem parte do movimento antivacina: a alternativa é vivermos para sempre com ondas e mais ondas de epidemia. Vacinar ou viver com ondas epidêmicas, esta é a questão que eles devem responder. Muitos duvidaram da segunda onda. Ela existe e está ceifando mais vidas que a primeira. Alguns cientistas europeus preveem que, como não conseguirão vacinar 60% ou 70% de suas populações no primeiro semestre de 2021, teremos a terceira onda. Quantas ondas teremos de suportar para que os antivacina se convençam de sua opção desastrosa? Se, para eles, a vida dos outros equivale à das formigas, a economia suportará quantas ondas?


As vacinas estão dando boas respostas.

À exceção da vacina de Oxford, todas as demais estão dando respostas de eficácia alentadoras, situam-se, em média, por volta de 90%. É um resultado que o mundo científico não esperava. Mas não sabemos se elas nos protegerão a longo prazo. Teremos que esperar para termos mais dados. A esperança é que elas nos imunizem por 12 meses.


A reinfecção existe.

Está comprovado que é possível termos reinfecção. É muito raro que ela ocorra, mas existe. Esse é um dado desalentador. Também sabemos que em alguns casos a segunda infecção é assintomática ou aparece com sintomas leves. Mas há outros casos em que a segunda infecção é muito grave. Não é algo possível de ser sistematizado. Mas as autoridades sanitárias do primeiro mundo acompanham esses casos de reinfecção com muito cuidado, mesmo após a vacinação continuarão estudando.


Quem for vacinado transmitirá o vírus?

Ninguém sabe se uma pessoa vacinada continuará transmitindo o vírus. As empresas farmacêuticas que estão criando as vacinas não tem dados para dirimir essa indagação. Os dados dos testes em macacos são alentadores. Quando são vacinados, a traqueia e o nariz dos macacos continuam com o vírus, mas desaparecem rapidamente. São dados em animais, não são obrigatoriamente iguais em humanos, mas os cientistas acreditam que ocorrerá uma grande proteção, ainda que não seja total.

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