Em Pauta

Teremos renovação política em 2018?

Mário Sérgio Lorenzetto | 05/12/2017 06:36
Teremos renovação política em 2018?

Há dezenas de movimentos que se organizaram no país nos últimos anos. Agora, ligado ao Luciano Huck, e MBL, são os mais fortes. Todos correm na mesma esteira: whatsapp e internet. Acreditam que haverá a supremacia da internet sobre a televisão e os jornais. Sem dúvida, as mídias sociais no Brasil estão em franco crescimento, mas nada indica que influenciarão mais que a TV e os jornais. Veem nas eleições de Trump o exemplo a ser seguido, quando a internet derrotou, categoricamente, a televisão e os grandes jornais. É possível a repetição desse fenômeno no Brasil? A resposta pode ser encontrada na pesquisa do Ibope:

Também é verdade que os políticos tradicionais - de todas as tendências e ideologias - estão mal situados. A rejeição de todos os candidatos à Presidência da República está bem acima dos 50%, a única exceção é Joaquim Barbosa, que não colocou sua candidatura nas ruas. Apesar do descompasso, as condições que sempre pautaram a corrida eleitoral - e favoreceram a perpetuação dos mesmos nomes e grupos no poder - seguem válidas para 2018. É um processo de ingenuidade exagerada imaginar que a mera indignação possa viabilizar projetos individuais de poder. A principal constrição é a capacidade de financiamento das campanhas eleitorais. Acrescente a ele, o tempo de televisão e de rádio, além do simples fato de que os velhos políticos são mais conhecidos e terremos um quadro difícil de ser vencido. Não à toa, Lula vem, pesquisa após pesquisa, cravando algo como o dobro de intenções de votos sobre Bolsonaro - que só conta com uma imagem um tanto envelhecida e com um batalhão de policiais e militares atirando pelos computadores em todos os demais candidatos incessantemente. Mas esse é apenas o exemplo maior das dificuldades de um candidato noviço. Pior ainda para os estreantes que almejarem uma cadeira no parlamento. A melhor conta que pode ser feita para os que desejarem uma vaga de deputado estadual, federal ou senador é de que teremos, no máximo, uma renovação de metade das cadeiras.
Os grandes partidos políticos ainda têm vantagens. Vivemos em um ambiente de recessão de recursos para campanha tremendo. Logo, o fato de os grandes partidos disporem de tempo de televisão e de dinheiro do bilionário fundo partidário converterá as eleições em uma corrida de Usain Bolt contra o menino da periferia.
A única e definitiva esperança dos novos está nas redes sociais, além dela não há onde se apegar. E política, definitivamente, é algo que só está nas redes sociais das classes mais abastadas e de uma parte da média. Há um abismo cultural e político entre as classes. Além dos estudos demonstrando esse fato, vimos nas últimas eleições os tradicionais carros de som correndo nossas ruas anunciando os velhos candidatos e os novos endinheirados. Foram eles os vencedores. Para ter relevância entre os moradores de nossas periferias é preciso estar imerso nelas ou dispor muitos recursos.
Mas há algo que não pode passar despercebido. Independentemente dos resultados das mobilizações dos novos movimentos para 2018, caso conservem a vivacidade, estarão em um processo que pode, sim, renovar, a médio prazo, os quadros da política nacional. O segredo está no tempo e na perseverança. É uma mudança fundamental para os rumos de nossa sofrida e carcomida democracia.

Estão preparados para a Era da Inovação Permanente?

Os avanços tecnológicos estão mudando a forma de entender e de executar os negócios. Todos. Não há exceção para essa premissa. Não há área que escape da disrupção. Desde a produção aos serviços pós-venda, passando por uma interação com os clientes cada vez mais continua é feita à medida. Mas estão as empresas, empresários e funcionários preparados para a Era da Inovação Permanente? Essa a questão mais instigante, e importante, que vem sendo feita pelo Google. S antes o mundo caminhava em direção a ser colocado dentro de um celular, o que conta agora é a inteligência artificial. Ninguém está livre desses avanços tecnológicos. Ninguém pode deixar de entender a importância das inovações mais importantes de cada momento. A cada dez anos nos defrontamos com uma grande revolução tecnológica

Os medievais horários de oração na Arábia Saudita.

O costume de os cristãos rezarem regularmente, em várias horas no dia, até a Idade Média, têm origem no costume judaico. Os judeus tinham uma oração regulamentada quanto às horas com a leitura do Antigo Testamento. Jesus Cristo e os apóstolos, teriam dado continuidade a esse costume. O islamismo mantêm essa tradição até os dias atuais. Mas já não é uma obrigação extremada.
"Distintos clientes, informamos de que dentro de dez minutos, e como preparação para a oração, fecharemos nossa loja". O anuncio, por megafones e outros aparelhos de som, está em todos os lugares. Desatam alguma correria para aqueles que se dirigem a alguma compra urgente. O país para, literalmente, cinco vezes ao dia, para rezar. Em termos práticos são em realidade quatro, já que a primeira oração, denominada "al fajr", é às 04:40h da madrugada, antes que desponte o sol. Todos tem de parar meia hora para cada horário de oração. "Dhuhr" às 11:36h . "Asr" às 14:49h. "Maghreb às 17:13h e "Isha" às 18:43h. Devem planejar o dia em conformidade com esses horários. Inclusive as refeições. Uma das exceções para o regime de orações ocorre nos McDonald´s, não fecham as portas e continuam atendendo muçulmanos ou pessoas de qualquer religião.
Há apenas um par de anos, um "mutawa", como são conhecidos os membros do Comitê para a Promoção da Virtude e a Prevenção do Vício, teria gritado para o infrator que é proibido atender no horário de oração. Hoje já não se vê a polícia religiosa rondando pelos centros comerciais e ninguém diz nada. Mudanças em um país hermético.

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