Em Pauta

Sistema financeiro mundial melhorou, mas ainda é bastante instável

Mário Sérgio Lorenzetto | 08/02/2014 09:41
Sistema financeiro mundial melhorou, mas ainda é bastante instável

A estabilidade econômica não é eterna; ao contrário do que muitos economistas nos levam a crer

Em outubro de 2008, os investidores estavam à beira de um abismo. Por um tempo, parecia que o sistema financeiro inteiro estava a um passo do colapso. Era como se todas as pessoas do mundo tivessem procurado um caixa eletrônico, digitado sua senha, escolhido a opção de saque e recebido a seguinte mensagem: saldo insuficiente.

Será que perderíamos nossos empregos? As nossas casas? Nossa aposentadoria? Haveria um colapso completo? Um retorno à Idade da Pedra? Será que toda a ordem social chegaria ao fim? Será que iríamos acabar revirando o lixo ou vivendo na mata de larvas, frutas e sementes?

Naturalmente a situação melhorou logo. Ao menos para a maioria. Milhões de pessoas foram viver “embaixo da ponte”, ainda assim. Mas o episódio de quase morte foi suficiente para abalar a fé das pessoas no sistema financeiro mundial, nem tanto no Brasil que se manteve em pé e funcionando normalmente. E logo todos começaram a perguntar como a economia, que durante anos vinha tendo um bom desempenho poderia ter acumulado tais riscos invisíveis. Pensões e imóveis, que pareciam ser um investimento seguro e sem sobressaltos, na verdade, acabaram se tornando apostas de risco. Quem diria? Pode acontecer de novo? Pensando bem, será que algo assim já não aconteceu?

A resposta está na história do risco

A maioria dos modelos de risco baseia-se em um objeto matemático de 350 anos, desenvolvido inicialmente para jogadores. Infelizmente, ele também dá muitas respostas erradas – é a probabilidade.

Os economistas aprendem que o risco na economia pode ser gerenciado usando técnicas científicas bem estabelecidas. Exceto, claro, se que algo muito incomum aconteça. O problema é que, os assim chamados eventos extremos não são tão incomuns quanto a teoria sugere: no último quarto de século tivemos a segunda-feira negra, a crise financeira asiática, a crise financeira russa, o estouro da bolha ponto, a crise mexicana, a argentina que agora retorna e tantas outras.

A verdade é que os modelos de risco utilizados pelos bancos e demais instituições financeiras se baseiam em pressupostos perigosos – estabilidade, investidores independentes e outros pressupostos que não são seguros – que acabam colocando nossas poupanças, pensões e empresas em perigo. A outra verdade é que talvez tenhamos melhorado a segurança do sistema financeiro mundial, mas ele continua demasiadamente instável.

Qual notícia deve ser dada primeiro, a boa ou a má?

Se você faz avaliação de pessoas, responde por projetos ou faz relatórios, já deve ter ouvido falar da técnica do sanduíche: enfiar a má notícia entre duas boas. Assim, ficaria mais fácil digerir a frustração. Mas um estudo da Universidade da Califórnia concluiu que a técnica é só um modo polido de passar a bomba adiante. A estratégia do sanduíche é confortável para o portador da má notícia, mas não para o receptor.

Se o objetivo é gerar impacto e promover mudança, é melhor o gestor dar a má notícia primeiro. Isto é válido para órgãos públicos e empresas, mas não é válido em um consultório médico. De acordo com a pesquisa é melhor comunicar a má notícia ao paciente logo de cara, nos casos em que não há esperança de recuperação – e usar o resto da conversa para confortá-lo. Quando há esperança, a pesquisa indica, é melhor dar a má notícia por último, e usar o início da conversa para encorajá-lo.

Consumidor: atenção na hora de limpar o nome, até nisso pode haver golpe

Sejamos francos, não existe uma fórmula mágica para excluir a anotação da dívida vencida registrada nos sérvios de proteção ao crédito. É preciso renegociar o débito e ponto. Aqueles anúncios que prometem milagres são um chamariz para desatentos. Procure diretamente o credor. Nada de confiar naquelas “dicas” sobre como “limpar o nome” que estão aos montes à venda na internet. O máximo que vai conseguir, é fazer o autor do golpe lucrar e você ainda vai perder um dinheirinho que poderia ser usado para quitar a dívida.

Diga sempre não aos intermediários. Este é mais um instrumento para você dever mais. A própria Serasa pode fazer isso e pasmem: é gratuito. Muita gente ainda não se deu conta disso. O site é da Serasa: www.serasaconsumidor.com.br.

As dicas para Serasa para renegociar dívidas vencidas:

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