Em Pauta

Sempre à frente dos tempos, jeans tem história de resistência e rebeldia

Mário Sérgio Lorenzetto | 09/11/2014 10:55
Sempre à frente dos tempos, jeans tem história de resistência e rebeldia

Uma roupa forte para trabalhadores, ciclistas, feministas e crianças

A história dos jeans começa em 1567, em Genova, na Itália. Não tinham esse nome, mas eram um pouco reforçadas e usadas pelos marinheiros que a batizaram de "genoese". Elas eram fabricadas na cidade de Nimes, na França. Em 1792, a indústria têxtil de Mariland, nos Estados Unidos, começou a usar tecidos de algodão trançado que chamaram de "denim". O nome "tecido de Nimes" acabou sendo abreviado para apenas "denim". Em meados dos anos 1800, o denim, com a cor marrom, passou a ser usado em cobertura de carroças durante a corrida do ouro na Califórnia. Foi nessa época que um alemão, Levy Strauss, ao não conseguir vender seus denims, na Califórnia, para as carroças, teve a ideia de um novo uso: a fabricação de calças. Eram resistentes e foram doadas a dois ou três mineradores. O sucesso das calças denim para os trabalhadores foi imediato.

Em 1886, lançam um desafio. As calças não eram rasgadas por uma parelha de cavalos. Na propaganda e na etiqueta uma calça era amarrada entre dois cavalos que faziam força para rasgá-la. Em 1895, com a primeira onda de popularização das bicicletas, criam as primeiras calças curtas (bermudas) confeccionadas com denim para serem usadas pelos ciclistas.

Quando Levy Strauss faleceu, em 1902, toda sua fortuna, à exceção das fábricas, foi doada para instituições de caridade que apoiavam crianças. E, dez anos depois, seus sucessores lançam as primeiras calças reforçadas para o uso de crianças.

Luta feminista inspirou jeans para mulheres

Em 1918, com o surgimento das primeiras reivindicações femininas por seus direitos, criam as "Freedom-Alls", um conjunto de túnica e calça para dar maior liberdade de movimentos e para libertar dos vestuários limitativos da época, mas era uma roupa muito diferente da usada pelos homens. A ousadia feminista viria em 1934, quando fabricam os primeiros "lady Levy´s", os primeiros jeans para mulheres, iguais aos usados pelos homens, com uma só diferença: a cintura alta.

Em 1950 veio a proibição do uso dos jeans. Foi banida das escolas do leste dos Estados Unidos. Era a época da "juventude rebelde", "juventude transviada", que tinha em James Jean seu ídolo maior, e os jeans eram seus "uniformes". Jovem rebelde obrigatoriamente usava jeans e alguns diretores de escolas receavam que os alunos enfrentassem as autoridades por usarem as calças da Levy´s.

Mas eles sempre estiveram à frente dos tempos. Em 1960, abriram uma fábrica em Blackstone, na Vírginia (sul dos Estados Unidos), e determinaram a integração racial entre seus funcionários. Nessa época, o apartheid era praticado em toda essa região nos Estados Unidos.

Sapatos monk strap voltam com força total

Não, não é uma nova marca de sapatos. Pelo contrário, datam dos anos 1700. Eles têm sua origem que remonta aos mosteiros europeus, era o calçado usado pelos monges, daí o nome do estilo. Esses sapatos são caracterizados pela ausência de cadarço, substituído por uma ou duas fivelas laterais. É considerado um acessório de formalidade moderada, apesar de ser usado em qualquer ocasião. Nesta estação, retornou com grande destaque nas passarelas europeias, com solados variados.

Velho sim, maduro ainda não

Falar sobre a beleza e o processo de envelhecimento. Uma consideração importante é estar velho, mas nunca admitir que está maduro. É no amadurecimento que reside o fardo da perda da esperança. Pensar em como os mais velhos devem se gostar, independentemente do que os outros pensam. É claro que um dos mais importantes recursos é o humor para tratar desse assunto, justamente para mostrar como é ridícula a obsessão mundial pela beleza da juventude, que se tornou a única admitida.

Como enfrentar a sensação de ver o rosto no espelho todas as manhãs e descobrir cada vez mais rugas, mas procurar alguma conexão com boas memórias que as tornem aceitáveis, até mesmo belas. São parecidas com as da mãe? Enaltecem a nobreza de um queixo?

Jamais perder a magia e a esperança

Continuar vivos, ativos e cheios de energia e de esperança. A verdade é que as mulheres precisam desse tipo de afirmação mais do que os homens. E porque uma mulher acima dos 50 anos não pode se sentir atraente? Não é a mesma beleza da juventude, mas ela existe e pode ser realçada, há muitos artifícios disponíveis.

É muito natural uma mulher que passou dos 50 anos despertar o interesse amoroso de um homem e se sentir atraída por alguém. Nessa fase da vida, valorizem todas as histórias que os encorajaram a mudar, independentemente da idade. Superem o grande obstáculo da inflexibilidade, pois é nela que reside o amadurecimento, o enrijecimento e o esvaziamento da esperança. Acreditem em segundas chances. A vida nunca deve perder sua magia e esperança.

Nos siga no