Em Pauta

Sem área plantada, Mato Grosso do Sul aumenta a importação de alho e cebola

Mário Sérgio Lorenzetto | 15/03/2015 08:00
Sem área plantada, Mato Grosso do Sul aumenta a importação de alho e cebola

Aumenta a importação brasileira de alho e cebola. Mato Grosso do Sul não tem área plantada

Entre 2002 e 2012, a importação brasileira de frutas e hortaliças cresceu 435%. É conveniente repetir o número – inacreditáveis 435%. Pagávamos US$140 milhões, passamos a gastar US$750 milhões, segundo a USP. A disparada é atribuída ao aumento do poder aquisitivo da população. O principal fornecedor é a Argentina que respondeu por 52% das importações de frutas e hortaliças. O maior aumento foi devido ao alho, cuja importação cresceu 30%. O crescimento da importação da cebola também foi elevado atingindo 10%.

A área plantada com alho no Brasil é de tão somente de 10.452 hectares segundo o IBGE. A produção brasileira é limitada a 104.126 toneladas. Com a cebola a área é maior - o Brasil conta com 70.464 hectares plantados para uma produção de 1.753.311 toneladas. Ainda, segundo o IBGE, não há área plantada com alho ou cebola no Mato Grosso do Sul. Também não existe explicação para essa ausência. O vizinho Estado de Goiás é o campeão nacional na produção de alho - plantam 2.666 hectares com produção de 39.247 toneladas. Os campos plantados com a cebola em Goiás atingem mais de mil hectares e produzem 84 mil toneladas.

Não existem problemas com tempo de luz, temperatura e umidade no Mato Grosso do Sul para o plantio da cebola. A luz é o fator ambiental mais importante no crescimento e desenvolvimento dessas plantas, segundo a Embrapa. Existem cultivos apropriados para dias curtos, dias intermediários e longos. Não é conveniente o plantio da cebola em temperaturas acima de 35 graus Celsius e chuvas excessivas, não consistindo em problemas para o estado, especialmente fora do verão. Se antigamente a temperatura era um limitador para o plantio do alho, a Embrapa acaba de solucionar essa condicionante. No mês de novembro de 2014, lançou um novo alho adaptado a regiões de clima tropical que atinge a produtividade de 17 toneladas por hectare, 30% mais do que o alho – cateto roxo - que era plantado anteriormente.

O Brasil ainda continua a ser um imenso latifúndio improdutivo?

Quem respondeu sim, errou. Quem respondeu não, também errou. A Companhia Nacional de Abastecimento – Conab - não faz um estudo específico sobre a produção rural familiar ou não familiar. Os últimos dados oficiais disponíveis sobre a produção familiar são os do Censo Agropecuário de 2006 do IBGE.

Segundo esse ultrapassado estudo a agricultura familiar era composta por 4,3 milhões de estabelecimentos agropecuários, 84,4% do total do país. A agricultura familiar respondia por 24,3% da área rural ocupada. Já os não familiares representavam 15,6% do número de fazendas brasileiras, mas ocupavam 75,7% da área rural. Ao todo, cerca de 75% da mão de obra no campo era composta por trabalhadores da agricultura familiar, que representava apenas 38% do valor bruto da produção.

O governo não dispõe de nenhum outro dado. Mas comemora a evolução do Plano Safra da Agricultura Familiar, que completou dez anos com empréstimos de crédito rural oito vezes superiores aos de 2002/2003. Mas é de amplo conhecimento que o maior gargalo para a agricultura familiar está na pouca ou nenhuma assistência técnica federal, deixando os estados encarregados desse serviço.

Estão desistindo da vida sexual?

Dois países realizaram pesquisas recentes sobre a vida sexual – Grã- Bretanha e Japão. A revista médica The Lancet, revelou que os britânicos estão fazendo menos sexo. Foram mais de 15 mil entrevistados. As principais causas apontadas para a perda de interesse sexual são, segundo a pesquisa, a situação econômica e o uso excessivo da internet. Eles praticam menos de 5 relações sexuais por mês.

Uma série de estudos recentes alertaram para um fenômeno semelhante no Japão, onde homens e mulheres têm tido menos vontade de fazer sexo. Mais de 30% das pessoas com menos de 30 anos diz que ainda não fez sexo no Japão. Entre 18 a 24 anos, 25% dos homens afirmam não estar interessados.

A maior pesquisa realizada sobre o assunto foi feita pela Durex, fabricante de camisinhas que estudou o assunto em 41 países. O Brasil ficou de fora. Por aqui, a principal pesquisa foi conduzida pela USP, em 2008, depois de 8.200 entrevistas em dez cidades brasileiras. O resultado mais interessante no comportamento dos brasileiros é que pensamos mais em sexo do que praticamos. A média dos brasileiros é de 2 a 3 vezes por semana e sonham com mais de 6 relações semanais.

Quanto ao número de parceiros sexuais durante a vida o campeão é a Turquia com 14,5 e o menor é o indiano com 3 parceiros. No Brasil, os cariocas são os mais namoradores com 4,3 parceiros e as moças de Porto Alegre são as que contam com mais parceiros – 2,4. No quesito da frequência os mais dispostos são os gregos com 138 vezes ao ano e a menor frequência está no Japão com 45 vezes por ano. Os líderes nacionais são os brasileiros de Belo Horizonte com 3,8 relações semanais e as mulheres de Manaus com 2,7 relações por semana.

As dificuldades para a realização do ato sexual foram computadas pela pesquisa da Durex. 82% dos italianos dizem manter relações sexuais no carro e a menor dificuldade está no Vietnã com 5% de relacionamentos no carro.

639 brasileiros morreram por overdose

O consumo de drogas ilegais explodiu nos últimos 12 anos no Brasil. Um levantamento realizado pelo IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – mostra que a taxa de fatalidade por consumo de drogas cresceu 700% entre os anos 2000 e 2011. Em números absolutos o dado não impressiona. Foram 639 mortes por overdose no Brasil em 2011.

As novidades no mundo das drogas trouxeram novos perigos. Até os anos 1990, a heroína injetável era o que havia de mais autodestruidor. Não é mais. A substância mais assustadora do mundo das drogas chama-se krokodil. É uma concorrente barata da heroína. Ela provoca rapidamente crise de abstinência e apodrece a carne do usuário. Mata por gangrena. Outra droga que o usuário praticamente assina o próprio atestado de óbito é o crystal meth. Inalado ele chega rapidamente ao cérebro. Produz uma sensação de prazer nove vezes mais potente que a cocaína e uma síndrome de abstinência mais rápida e duradoura. Aprisiona, rapidamente, o usuário ao vício. Maconha sintética, catinona sintética, fenetilamina, piperazina, kratom e khat são as novas substâncias psicoativas, cujo arsenal viciante a polícia têm dificuldade de ilegalizar.

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