Em Pauta

Qual será o próximo episódio do seriado Levy?

Mário Sérgio Lorenzetto | 17/12/2015 10:36
Qual será o próximo episódio do seriado Levy?

Qual será o próximo episódio do seriado Levy?

Brasília não assiste o "Game of Thrones ou o House of Cards", seriados da TV paga. As crises envolvendo o Ministro Levy se tornaram tão corriqueiras que originaram uma anedota, com fundo de verdade: "O Seriado Levy". Ainda que o "Seriado Lava Jato" detenha a primazia de maior audiência, o protagonizado por Levy é decisivo nas apostas financeiras de banqueiros e empresários. Brasília atende aos dois públicos.

Primeiro episódio: "O segundo vira o primeiro": o economista e engenheiro Joaquim Levy atuou nos governos de FHC (secretário-adjunto no Ministério da Fazenda e economista-chefe no Ministério do Planejamento) e um breve período no governo Lula (secretário do Tesouro Nacional). Saiu de sua rápida passagem com os petistas para o Bradesco, onde era o diretor-superintendente do Bradesco Asset Management, responsável pela gestão dos fundos de investimento do banco. A primeira opção de Dilma para o Ministério da Fazenda era o diretor-presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco. Todavia ele declinou do convite. Trabuco, o primeiro, "empurrou" para a fornalha que crepita em Brasília, Levy, o segundo.

Segundo episódio: "O tiroteio está pesado demais": Levy sentia-se sozinho e isolado, era o único a defender a volta da CPMF. Reclamou a Dilma: "o tiroteio está pesado demais, presidente". Lula discursava por onde passava contra o ajuste fiscal, e era saudado pelos "companheiros" com gritos de "Fora Levy". Em apenas nove meses, Levy passara de todo-poderoso a sobrevivente.

Terceiro episódio: "A carta amorosa-raivosa que não foi entregue": "Pode-se enganar a todos por algum tempo. Pode-se enganar a alguns por todo o tempo. Mas não se pode enganar a todos todo o tempo". Abraham Lincoln saia do túmulo para ditar o início da carta de demissão para o Ministro Levy. Essa era a abertura da carta amorosa-raivosa que Levy entregaria a Dilma. Amores à presidente e raiva dos "companheiros". A carta repetia o que o ministro conversava com amigos há tempos: a missão de formular e apresentar as medidas do ajuste estava finalizada.

Quarto episódio: "Não empresto meu CPF[para picaretagens]": Aloizio Mercadante, quando comandava a Casa Civil apalavrara com o PTB a entrega da Casa da Moeda que fica no Rio de Janeiro. Para o PSD iria as chaves do Banco da Amazônia. Levy se recusava a fazê-las. Repetia a todos os interlocutores: "Não vou emprestar meu CPF para esse tipo de coisa". Os tiroteios subiam das pernas para o pescoço de Levy. Redigiu outra carta de demissão e afirmava: "na primeira sacaneada que me derem, eu entrego a carta de demissão".

Quinto episódio: "O espião da CIA comanda a KGB": um dos principais amigos do ministro Levy, Armínio Fraga (formulador do plano econômico de Aécio), certa feita o descreveu "um quadro da CIA dirigindo a KGB". Levy não tem nada a ver com o governo federal. Eles não só pensam diferente; eles são diferentes". Levy é o perfeito "estranho no ninho". A cada derrota parecia mais fragilizado diante de um governo que hesitava em cortar despesas. Os petistas nunca engoliram seu nome. Levy só se refere a eles como "aquela agremiação". O divórcio nasceu no dia do casamento.

Chega de política. Queremos festa.

Uma grande festa é a da empresa onde trabalhamos. Ao contrário do que diz a velha esquerda, a classe operária não irá ao paraíso, mas é na festa da empresa que ocorre todo tipo de transgressões. Consentidas ou não, irreverentes ou contraproducentes. É o dia que o mais simples faxineiro faz um chifrinho na cabeça do chefe. O dia em que o moço tímido canta a moça linda e arrogante. Sem fama e sem comercial na televisão, a festa da empresa é ou não é um grande dia?

Como diz o Xico Sá, é aquela animação, aquele queijo coalhado no juízo. A vida assim meio Roberto Carlos, meio Almodóvar, meio Nelson Rodrigues, enfim, a vida simples, brega como é a vida de todos nós, a vida sem mistificação ou assepsia. Alguém querendo bater no chefe que o humilhou o ano todo, o abraça e deseja "um ano sem Dilma de felicidades". Alguém querendo comer a gostosa da empresa, deseja que ela encontre um ótimo marido que ele jamais será. A graduação alcoólica dá o ritmo. Tanto no plano amoroso, quanto no violento ou cordial. Não há inocentes e nem vítimas em uma festa de empresa. O mais tímido dubla um cantor famoso e passa a mão na bunda do chefe, de leve e de raspão, para não chamar a atenção, só para quebrar a hierarquia. É isso, queremos festa, porque de martírio e sofrimento todos estamos com o saco, do tamanho do Papai Noel, cheio.

Mulheres trabalham cinco horas a mais que os homens por semana.

As mulheres trabalham a mais principalmente por causa da divisão muito desigual das tarefas domésticas. Em pleno século XXI, o IBGE garante que a jornada total das mulheres brasileiras é de 56,3 horas, sendo 35,5 horas no trabalho principal e 21,2 horas em afazeres domésticos. Para os homens, a carga de trabalho semanal é de 51,3 horas, divididas em 41,6 dedicadas a trabalhos remunerados e dez horas ao trabalho doméstico. Para piorar, a quantidade de horas dedicadas pelos homens ao trabalho doméstico não se altera há dez anos.

Funcionário público ganha quase o dobro do que um trabalhador carteira assinada.

A diferença entre os salários no setor público e privado tem aumentado de forma constante desde 2001.Até o fim do governo FHC, os salários do funcionalismo público estavam defasados em razão da política de contenção das despesas correntes. Em 2001, a remuneração média do trabalhador com carteira assinada valia 64% do que um servidor público recebia. Piorou bastante, agora vale 57% de acordo com o IBGE. Desta forma, na média, o setor público caminha, a passos largos, para pagar o dobro do que a remuneração média do setor privado. Os reajustes salariais foram mais generosos com os funcionários públicos. Estiveram muitos anos bem acima da inflação.

As profissões mais estressantes do mundo.

Profissões que lidam com emergência, segurança e saúde são as que geram mais stress em quem as pratica. Essa é a conclusão do estudo que analisou 27 profissões conduzidas pelo Bureau of Labor Statistics. Algumas profissões, como a de bailarinos e dos assistentes sociais, surpreenderam os estudiosos.

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