Em Pauta

Programa de Proteção ao Emprego bancará parte dos salários dos trabalhadores

Mário Sérgio Lorenzetto | 09/07/2015 09:44
Programa de Proteção ao Emprego bancará parte dos salários dos trabalhadores

União cria programa para evitar demissões.

É um modelo que obteve sucesso na Alemanha. O Programa de Proteção ao Emprego (PPE) bancará parte dos salários dos trabalhadores de empresas que decidirem reduzir a jornada de trabalho devido à crise econômica. Ele será bancado pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e tem seu custo estimado em R$ 112 milhões até o fim de 2016.

Pela proposta enviada ao Congresso, as empresas poderão reduzir as respectivas jornadas em até 30%. O corte salarial correspondente a essa redução será parcialmente compensado pelo governo, que bancará 50% da perda do trabalhador que tenha salário de até R$ 6 mil. O valor do benefício será limitado a R$ 900. As empresas que aderirem ao PPE não poderão demitir trabalhadores por 6 meses, prorrogáveis por outros 6 meses. Não resolve, mas é um alívio.

Os vereadores de Campo Grande te representam? Por que você continua votando neles?

A resposta é simples e contundente. Eles representam empresários. Raros representam seus partidos. Há apenas um independente. Eles não te representam, apenas perpetuam um chocho teatro de marionetes. A "casa do povo" não passa de um "puxadinho" para servir os interesses de empresários e políticos de maior projeção e, eventualmente, os da população.

Mas, se todos campo-grandenses podem votar, por que continuam elegendo pessoas que não representam seus anseios e interesses. A resposta crua é que valorizam em demasia o papel do voto. O voto é superestimado. Não tem a importância que dão a ele. O voto é um meio muito pouco expressivo de participação política. No Brasil, ele tem mais limitações do que aparenta. O voto de cabresto e o comprado, duas faces da mesma nota de R$ 100, continuam dando a tônica nas eleições. Só aumentou a discrição. Os nossos vereadores profissionais (virou uma profissão cobiçada), compõem uma elite que tem recursos oriundos dos empresários e de outros políticos, que jogam com interesses nada confessáveis na Prefeitura Municipal. Vendas de uma ampla gama de mercadorias, obras, serviços bancários, doações de terrenos e de impostos, são apenas alguns exemplos de como um empresário "investe" na campanha eleitoral de um vereador e recebe de volta, com imensas vantagens, o dinheiro aplicado. Funciona como um investimento bancário. O empresário aloca recursos na campanha do vereador e obtém lucros na prefeitura. E nós votamos neles. Vejamos a que setor da economia (ou da política) eles representam:

1. Airton Saraiva - empresários de material de limpeza.
2. Paulo Pedra - recursos próprios.
3. Edil Albuquerque - empresários do setor de transporte público.
4. Paulo Siufi - empresários do setor de saúde.
5. Magali Picarelli - setor de comunicação e recursos partidários.
6. Loester - recursos próprios e partidário.
7. Vanderlei Cabeludo - recursos partidários.
8. Carla Stephanini - recursos partidários.
9. Mario Cesar - empreiteiras e setor de serviços.
10. Cazuza - campanha do Bernal.
11. Chocolate - campanha do Bernal.
12. Luiza Ribeiro - recursos de outros políticos.
13. Gilmar da Cruz - recursos de igreja evangélica.
14. Francisco Saci - recursos de clã político.
15. Carlão - recursos de outros políticos.
16. Chiquinho Telles - recursos de clã político.
17. Coringa - recursos de clã político.
18. Delei - recursos de clã político.
19. João Rocha - recursos partidários.
20. Thais Helena - empresário da pecuária.
21. Airton Araújo - recursos de outros políticos.
22. Alex do PT - recursos de outros políticos.
23. Eduardo Romero - recursos partidários.
24. Flávio Cesar - recursos de uma política.
25. Otávio Trad - recursos de seu clã político.
26. Edson Shimabukuro - empreiteiros.
27. Herculano Borges - empresário do setor da educação.
28.José Chadid - recursos familiares.
29. Betinho - independente.

Dani Alves: "Pep Guardiola quis treinar o Brasil em 2014, mas negaram".

Faz um ano que a Seleção da Alemanha destroçou a brasileira no Mineirão. O aniversário do horror foi lembrado em todos os jornais do mundo. O povo brasileiro levará muito tempo para esquecer do famigerado Felipão e sua equipe. Agora, Dani Alves, jogador do Barcelona e da Seleção brasileira afirmou no programa Bola da Vez da ESPN, que Pep Guardiola queria treinar a Seleção do Brasil e que a CBF não aceitou por ele ser estrangeiro. Na Alemanha, o ex-jogador de futebol Julio Cesar diz que conversou com Guardiola e ele fez a mesma afirmação, bem como também disse que seu sonho é treinar a seleção brasileira em algum momento de sua carreira. Nada como ter dezenas de "excelentes" técnicos brasileiros...e só apanhar de 7x1.

Gladiadores modernos. O esporte mais violento da Terra.

Imaginem um jogo de futebol onde vale tudo, menos socos e pontapés no estômago. Vale morder a orelha e arrancar, vale dedo no olho, vale arrebentar o nariz com um murro...o Rei da França o descreveu, em 1580, como "muito pequeno para ser uma guerra, mas muito cruel para ser um jogo". Esse é "calcio storico", uma mistura de futebol, rúgbi e luta-livre. Não é permitida nenhuma substituição, mesmo com as frequentes pernas quebradas de alguns jogadores; não pode haver mais do que um homem para bloquear o adversário. No mais, vale até golpes de artes marciais como o caratê.

O calcio storico era praticado na Florença medieval e perdeu espaço, dada sua extremada violência, a partir dos anos 1.600. Mas regressou com força, literalmente, a partir de 1930. Todos os anos competem quatro times, todos com nomes dos "santos" padroeiros de seus bairros: Santo Spirito (Santo Espírito) são os que usam camiseta branca, Santa Croce (Santa Cruz) usam camisa azul, San Giovanni (São João) são os verdes e Santa Maria Novella (algo como a história de Santa Maria) são os que usam a cor vermelha. É profundamente florentino. Os jogadores dizem que se sentem homens ao se arrebentarem em campo e gratificados por representarem bem seus bairros.

Entram em campo duas equipes, cada uma contando com 27 "jogadores". O campo é de areia e a tática é uma só - fazer o que for preciso para levar a bola até a meta adversária. A brutalidade está por toda parte, mas nenhum jogador morreu desde o retorno do esporte. Se não teve morte, teve coma, retirada de um baço e não menos do que 10 jogadores sempre terminam a partida no hospital. O jogo é "apitado" por um árbitro, um juiz e seis oficiais de linha e não é raro que um deles apanhe de algum jogador. Talvez fosse uma boa alternativa para as nossas violentas torcidas organizadas do futebol: colocá-los para jogar o calcio storico, já que gostam tanto de futebol e socos.

O uso do LSD para tratar alcoolismo e medo da morte.

Durante vinte anos o governo dos EUA gastou mais de US$4 milhões para financiar 116 estudos sobre o LSD. Os cientistas trabalharam com 1.700 cobaias humanas e os resultados foram, com frequência, positivos. Em verdade, os testes eram realizados não apenas com o LSD, mas também com a psilocibina (uma droga que produz efeitos semelhantes aos do LSD com menos reações adversas e sem a bagagem polítco-cultural do LSD). Em meados da década de 1960, os dois, LSD e psilocibina, eram legais. O LSD escapou dos laboratórios que o produziam e ganhou o mundo hippie. Em 1970, Richard Nixon proibiu todas as drogas psicodélicas para qualquer finalidade.

As drogas psicodélicas eram testadas em alcoólatras, portadores de transtornos obsessivo-compulsivo (TOC), indivíduos depressivos, crianças autistas, esquizofrênicos, pacientes terminais de câncer e presidiários. Também em artistas e cientistas - para estudar a criatividade. E o mais surpreendente - em estudantes de teologia - para investigar a espiritualidade.

Os experimentos, com alcoólatras e pacientes terminais de câncer, retornaram. Universidade da Califórnia, Universidade do Novo México, Imperial College de Londres e na Universidade de Zurique, na Suíça, estão reavaliando o potencial terapêutico das substâncias psicodélicas, a começar pela psilocibina. Em janeiro, "The Lancet", o periódico médico mais famoso da Inglaterra, publicou um editorial apoiando essa pesquisa. Os pesquisadores estão usando ou pretendem usa a psilocibina não só para tratar a ansiedade, como pensavam inicialmente, mas também para servir de ferramenta no tratamento do tabagismo, alcoolismo e depressão. Os governos dos Estados Unidos e Inglaterra apoiam essas pesquisas.

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