Em Pauta

Planos terão que ampliar sessões de psicologia, fonoaudiologia e nutrição

Mário Sérgio Lorenzetto | 29/10/2013 07:05
Planos terão que ampliar sessões de psicologia, fonoaudiologia e nutrição

Novos direitos para usuários de planos de saúde

A partir de 1º de janeiro de 2014, os planos de saúde terão que ampliar as consultas e sessões para as áreas de fonoaudiologia, psicologia e nutrição. A medida integra a mudança feita há uma semana pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) em que os planos foram obrigados a oferecer 87 novos procedimentos aos usuários a partir do próximo ano. Esta coluna já apontou a obrigatoriedade da oferta de tratamento domiciliar com medicação via oral para pacientes com câncer. A nova medida da ANS prevê, ainda, 50 novos exames, consultas e cirurgias (Confira a lista completa). A lista completa está disponível no site www.ans.gov.br.

Entre os objetivos da medida, está a garantia de tratamento integral à saúde dos usuários de planos particulares. Foi por esse motivo que a cobertura aos procedimentos multidisciplinares foi ampliada e passa ser obrigatória a cobertura obrigatória consulta com fisioterapeuta. Para essa especialidade, o número de consultas e sessões passou de seis para 12. O mesmo vale para necessitar de profissionais que atuam em nutrição, psicologia e terapia ocupacional. Agora, pacientes que queiram se submeter à laqueadura, vasectomia, cirurgia bariátrica, implante coclear e ostomizados ou estomizados, por exemplo, têm direito a 12 sessões de psicologia.

Fique atento: novos procedimentos não significam plano mais caros, ainda

A ampliação do rol de procedimentos não indica que seu plano vai aumentar diretamente. Essa situação está prevista sim, mas somente após análise do impacto financeiro sobre as empresas. A análise é feita pela ANS no decorrer de 2014 e aplicada em 2015. Caso a operadora que lhe presta serviços não inclua a nova cobertura obrigatória, a multa prevista é de R$ 80 mil por procedimento descumprido. Se tiver dúvidas, procure a ANS pelo número 0800 701 9656.

ANS defende abertura de capital de planos de saúde para suprir falta de leitos

A defesa partiu na semana passada, do próprio presidente da agência, André Longo. O argumento está assentado na necessidade de investimentos de R$ 7 bilhões para suprir a falta de leitos no país. São 14 mil, no total. Segundo Longo, já há projeto de lei em tramitação no Congresso Nacional, mas que ainda dificulta a vinda de estrangeiros, que querem, claro, ser os controladores do negócio. A proposta restringe a 49% a presença dos estrangeiros no controle das internações e tratamentos dos pacientes brasileiros.

Entre outras negociações da ANS está a tentativa incremento na liberação de linhas de financiamento pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para as operadoras. Assim, as que têm rede própria seriam estimuladas a ampliar o negócio. O ganho para o usuário estaria na melhoria dos hospitais já existentes e aumento da rede assistencial. O banco oficial tem o BNDES Saúde, cujo objetivo é oferecer crédito a entidades filantrópicas, operadoras de planos de saúde, hospitais e laboratórios para a compra de máquinas e equipamentos. A procura é significativa, em 2010, foram emprestados R$ 497 milhões; R$ 673 milhões no ano seguinte e R$ 731 milhões em 2012. Somente neste ano, a captação pelas empresas chegou a R$ 556 milhões.

IBGE diz que rendimento médio real do trabalhador cresceu

Chegou a R$ 1.908 em setembro deste ano e apresenta crescimento é 1% em relação a agosto (R$ 1.888,50) e 2,2% na comparação com setembro do ano passado (R$ 1.866,60). Os dados são da PME (Pesquisa Mensal de Emprego), elaborada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Os trabalhadores domésticos foram os que mais sentiram a evolução, 5,1% de ganho, em relação a setembro do ano passado. Se a comparação for feita com agosto de 2013, quem assistiu melhora foram os trabalhadores no setor de indústria extrativa, de transformação e distribuição de eletricidade, gás e água, 3,2%. Esse tipo de pesquisa é divulgado com intervalo de 30 dias.

Está acabando o desperdício de dinheiro com os arquivos em papel.

O Brasil é um dos países onde mais cresce a chamada gestão de documentos, que digitaliza e evita o caos em forma de papel. As empresas e governos estão deixando de lado as caixas cheias de pastas e papéis. Estudos mostram que para cada 1 mil funcionários gasta-se de R$ 50 mil a R$ 250 mil por ano com os arquivos em papel. Tanto com impressões e cópias como com, o mais incrível, ações judiciais causadas pela perda de documentos em papel. Pagamos para guardar lixo.

O “cano” dos venezuelanos – preste atenção em 1º de novembro

Estava na cara. Só não enxergava quem não queria ver. O único grande negócio brasileiro com o governo venezuelano naufragou. Em 2007, Luiz Inácio Lula da Silva e o então presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, debaixo de chuva e pisando na lama, lançaram as obras da refinaria que está sendo erguida a 50 km de Recife, no Porto de Suapé. Aguardavam a chegada dos diretores da estatal venezuelana de petróleo – PDVSA – declarada sócia da refinaria. Os venezuelanos não apareceram na festa. Ficava claro que era mais uma notícia infundada, dentre tantas outras, do brasileiro Gabrielli.

Cobrado pela imprensa presente no ato, o Gabrielli declarou que a refinaria seria erguida com ou sem os venezuelanos. Mais um passo dado rumo ao desacerto com o então governo de Hugo Chávez. Há poucos dias, Gabrielli, ex-presidente da Petrobras, admitiu que a parceria não iria sair do papel. Pior, o atual preço estimado para construir essa refinaria chegou à casa dos US$17 bilhões, quase sete vezes o orçamento inicial. O jornal Valor apurou que o fim do sonho já tem até data marcada, em 1 de novembro deste ano será sepultada a mais importante parceria entre brasileiros e venezuelanos.

O Super Simples talvez mude para melhor

Escritórios de advocacia, de arquitetura, profissionais de comunicação, academias de ginástica, corretores de imóveis e farmácias de manipulação estão na lista de atividades que provavelmente ingressarão no Super Simples.

A maior revisão desde 2007 está sendo prometida pelo novo secretário especial da micro e pequena empresa – Guilherme Afif Domingos. Além dessa mudança, o secretário também promete reduzir, de seis meses para apenas cinco dias, o tempo médio de abertura e fechamento de empresas. Mas aguardem com calma, esta promessa só dará resultados no fim de 2014.

Ele conseguiu um contrato com o Serpro – uma das maiores fontes de reclamações de todos funcionários federais – no valor de R$ 31 milhões para criar um sistema on-line, com prazo de 12 para funcionar, que unificará todos os registros necessários à abertura e ao fechamento das empresas. Conforme Afif, isso requererá pesado investimento tecnológico em todas as juntas comerciais do Brasil. Essa unificação de cadastros requer a aprovação do projeto de lei complementar 237 de 2012 que tramita na Câmara Federal.

Banca de revistas ecológicas

Vai a Estocolmo na Suécia? Não deixe de dar uma paradinha na Banca de Revistas Meganews. Essa é a banca do futuro próximo, econômica e ecologicamente correta. A partir de uma máquina feita no Japão, você escolhe na tela a revista desejada. A banca leva dois minutos para realizar a impressão. Dois minutos gastos de seu tempo significam economia para os bolsos e menos árvores derrubadas e menos gastos com tintas. Não há encalhe.

Store in store

Sabe o que é store in store? Fácil para driblar os altos gastos com pontos comerciais, a ideia é fazer parcerias para abrir uma loja dentro de outra que já existe. Montar um estande em um supermercado é store in store. Ficou chique. Colocar um totem em um comércio multimarcas também é store in store. É claro que a rentabilidade cresce para ambos os lados do store.

Quem se abriga sob o teto de um grande varejista pode aproveitar o bom fluxo de pessoas para oferecer comércio e serviços de conveniência. Não só o ponto compartilhado é uma boa ideia, mas o tipo de serviço em um local inusitado e que promete excelentes resultados também é uma boa sacada.

Quem cria arruma fama

A rede de lavanderias Laundromat vislumbrou uma boa oportunidade em supermercados. Perceberam que os supermercados recebem de 1 mil a 5 mil pessoas por dia e que a maioria permanecia fazendo compras por mais de uma hora. Juntaram as pontas e fundaram a primeira lavanderia em um Carrefour no Rio de Janeiro. Precisaram desenvolver uma lavanderia semelhante a um contêiner. A Laundromat é uma franquia com sede no Rio de Janeiro e tem 80 unidades franqueadas. Bom para as três partes: a lavanderia, o supermercado e o consumidor.

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