Em Pauta

Os dois melhores países para conquistar talentos são Estados Unidos e o Brasil

Mário Sérgio Lorenzetto | 18/05/2015 07:26
Os dois melhores países para conquistar talentos são Estados Unidos e o Brasil

O Brasil continua sendo uma boa alternativa para estrangeiros que procuram trabalho fora de seus países.

Jobbatical é um site de emprego, criado na Estônia, orientado para os profissionais que querem tentar sua sorte em outro país. Nele é possível encontrar ofertas de trabalho relacionadas, sobretudo, com a área de Tecnologia da Informação - TI, mas não só; há muitas outras áreas, especialmente para engenheiros. Neste momento estão relacionados mais de 400 empregos em 27 países diferentes. Os empregadores mais comuns são as "startups" e pequenas empresas, que precisam de trabalhadores especializados por curto período de tempo. A Ásia tornou-se um importante destino para os frequentadores do Jobbatical. Singapura tem mais inscrições do que qualquer outro país da região, seguida por Hong Kong e a Malásia é outra das opções. Enquanto a Ásia parece satisfeita em contratar talentos de outros países, os profissionais dessa região não parecem muito seduzidos pela ideia de trabalhar em outros continentes. O site diz que os dois melhores países para conquistar talentos são os Estados Unidos e o Brasil. A Europa aparece na terceira posição, mas quando se trata de algum país da Europa do Norte, pula para o primeiro lugar.

Uma mulher nas "verdinhas". A nota de 20 dólares poderá ter o rosto de uma abolicionista.

Tudo começou com uma construtora chamada Barbara Ortiz Howard. Há alguns anos, sentindo-se minoria em um negócio dominado por homens, percebeu que as mulheres estavam pouco representadas até mesmo nas cédulas de dólares. Howard enviou e-mails para amigas e conhecidas manifestando sua insatisfação e pedindo sugestões sobre qual mulher deveria aparecer no dinheiro norte americano. E como nos Estados Unidos não se pode criar uma nova cédula, a pergunta seguinte era: qual homem deveria ser excluído? Junto com uma amiga jornalista, Susan Ades Stone, iniciou uma campanha na internet. No Dia das Mães (na mesma data comemorada no Brasil) foi divulgado o nome da vencedora da campanha após uma votação que atraiu mais de 600.000 pessoas.

Entre 15 concorrentes foi escolhida Harriet Tubman. Ela era uma negra que fugiu da escravidão e retornou, ao território onde vivia escravizada, para salvar muitos outros cativos, arriscando sua própria vida. Logo a seguir veio Eleanor Roosevelt, esposa do ex-presidente Roosevelt e defensora dos direitos civis. Em terceiro lugar ficou Rosa Parks, uma costureira negra, símbolo do movimento que lutou pelos direitos civis. Todavia, o mais interessante foi a quarta colocada. Wilma Mankiller, uma indígena, primeira mulher a ser escolhida, através do voto, como chefa da nação Cherokee que faleceu em 2010. Mas, o que há de interessante em uma quarta colocação? A questão é que o homem que deverá ser retirado das cédulas de 20 dólares é a figura do ex-presidente Andrew Jackson. Ele foi o responsável pelo famoso "Caminho de Lágrimas" - a expulsão dos Cherokees de seu território. Eles foram expulsos do atual Estado de Oklahoma e realocados em um território inóspito. Nessa viagem morreram 4.000 indígenas dos 15.000 que ainda restavam. O século XXI não está perdoando aqueles que perseguiram indígenas. Andrew Jackson é uma figura histórica polêmica. Era um militar rígido e vitorioso. Foi o responsável pela defesa da Flórida e de N.Orleans, lutando contra espanhóis e ingleses bem como da destruição de um vasto território indígena que estava sendo ocupado pelos escravos negros fugitivos (um tipo de quilombo). Foi um herói para a população branca de sua época. Elegeu-se senador e no meio do mandato foi lançado candidato a Presidente da República pelo Partido Democrata que era um marco do racismo. Seus opositores desenvolveram a campanha dizendo que Jackson era duro, mas era burro. A campanha de Jackson incorporou a figura do burro e esse é o símbolo do Partido Democrata até os dias atuais.

Os liberais orgulhosos do Instituto Millenium.

Assistiu o filme Millenium – Os homens que não amavam as mulheres? Nesse filme de 2009, uma jovem – Harriet Vanger - desapareceu por 36 anos, sem deixar pistas, em uma ilha da Suécia. A polícia jamais conseguiu descobrir o que aconteceu com a jovem, que tinha 16 anos na época do sumiço. Seu tio continuou a procura e contratou um jornalista polêmico, proprietário da revista Millenium, para trabalhar no caso. Também contratou uma investigadora particular incontrolável e antissocial. Após muitas reviravoltas e soluções de misteriosos assassinatos de mulheres por todas as regiões suecas, encontraram a desaparecida.

Tal qual o desaparecido pensamento liberal no Brasil, Harriet Vanger é encontrada passando bem e com muito estilo. As ideias liberais continuam a vicejar. Seu centro nervoso está no Instituto Millenium onde se reúnem intelectuais e empresas como a Gerdau, Editora Abril e a Localiza. O Instituto foi criado em 2005 pela economista Patrícia Carlos de Andrade, filha de um diretor da Rede Globo que contou com a adesão de Ives Gandra, Raul Velloso, Jorge Gerdau, João Roberto Marinho, Gustavo Franco, Arminio Fraga e Henrique Meirelles.

Eles dizem que há um vácuo de representação política para as ideias liberais no país. Afirmam que FHC e Lula passaram 16 anos no poder mesclando medidas pró-mercado e pró-Estado e que até hoje nenhum dos dois bate no peito para se gabar de políticas tomadas para beneficiar investidores ou elevar a competitividade das empresas. Ambos patrocinaram muitas medidas liberais. Na verdade, eles preferem colocar sob holofote os avanços na área social – como os ganhos da população com o controle da inflação ou as políticas de redistribuição de renda.
A frustração dos liberais se aprofundou sob Dilma, que tem feito um governo acusado de intervencionista, centralizador e avesso ao lucro. Tudo que FHC e Lula não foram.

Também afirmam que no Brasil ninguém se elege sendo arauto de ideias liberais, das liberdades individuais, da defesa do contribuinte e da crença de que é o indivíduo, e não o Estado, quem gera riqueza. De acordo com os membros do Millenium quem vence eleições no Brasil promete grandes resoluções que passam pelo Estado.
O Instituto Millenium faz questão de dizer que não incentiva votos no PSDB ou em agremiações de direita, não tem inclinação partidária, não é contra Dilma nem assume postura de confronto com o governo. Mas um de seus membros mais ativos, Marco Antonio Villa, professor aposentado da UFSCar, autor de um livro sobre o mensalão, é um dos mais importantes críticos da pretensa corrupção petista. Ele costuma dizer que Lula gastou R$5 bilhões na transposição do Rio São Francisco para nada. Questiona o dinheiro que o BNDES enterrou no Eike Batista e afirma que se o Brasil tivesse uma oposição política como a antiga UDN, a refinaria Abreu e Lima – da Petrobrás, em Pernambuco, que inicialmente deveria custar R$5bilhões, mas vai sair por R$40 bilhões – poderia derrubar um governo.

Enfim, o centro do pensamento liberal brasileiro, realmente é apartidário?

Quem são os consumidores de luxo no Brasil?

Hoje, o mundo tem 390 milhões de consumidores de luxo. Um estudo feito pela Boston Consulting Group calcula que eles gastam 775 bilhões de euros em bens pessoais e viagens; carros e iates não entram nessa conta. Para tentar "desossar esse faisão dourado", tentar entender melhor esse segmento de consumidores, a consultoria organizou uma pesquisa envolvendo 10.000 consumidores de 10 países, o Brasil inclusive.

Os "megacitiers" são os transformadores de tendências que dividem os mesmos gostos e destinos de férias, seja em N.York, Paris ou São Paulo, e estão reunidos na faixa dos 30 aos 35 anos de idade. Para o Brasil, representam 33% do seu contingente de abonados. Por outro lado os "little princess", aqueles que desfrutam da prosperidade dos pais e estão situados entre 18 e 25 anos, chegam a 20% desses consumidores. Mais da metade dos consumidores brasileiros de luxo, portanto, são jovens. Ocupando 9% dos consumidores, em terceiro lugar, vem a faixa entre 35 e 45 anos de idade - os "absolute luxurer" são aqueles que cresceram tão submersos no mundo do luxo que para eles o "luxo é uma commodity em suas vidas". No Brasil um outro grupo ainda é pequeno mas vem dobrando de tamanho a cada ano - são os "interessados no social" e contam com pessoas de todas as idades.

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