Em Pauta

O tiro do Policial Federal e o do Policial Rodoviário

Mário Sérgio Lorenzetto | 25/06/2017 09:00
O tiro do Policial Federal e o do Policial Rodoviário

Há semelhanças e diferenças entre os tiros desferidos pelo policial rodoviário Ricardo Hyun Su Moon, cognominado "Coreia", e pelo delegado da policia federal Fabricio Blini. A diferença fundamental é a morte. O primeiro matou o empresário, o federal apenas desejou ameaçar para, provavelmente, não ser agredido. O policial rodoviário foi julgado pelo tribunal da internet como alguém destemperado, despreparado e que abusou do poder. Já o delegado vem recebendo louvores pela atitude de atirar para o chão e não no corpo dos dois motoristas que foram presos. Mas há os que não toleram policiais. Esses, colocam todo o tipo de duvidas e admoestações para os dois policiais.
A diferença de atitude dos policiais é gritante, mas, infelizmente, o delegado federal talvez venha a enfrentar problemas com a lei. O Código do Desarmamento diz que disparar arma de fogo em lugar habitado é crime. A lei somente faculta tiro em matas e florestas. Soa a mais uma aberração das leis nacionais, quase todas mal orientadas e redigidas. Basta questionar se o delegado deveria apanhar de dois prováveis bêbados, transgressores do trânsito, ao invés de atirar para o chão. Parece fácil.
A segunda questão que vem sendo colocada sobre tiro para o chão ou para o alto não é conclusiva. É sabido que o tiro para o alto em sinal de advertência pode matar. Um hipotético tiro de um três-oitão a 90 graus, alcançaria 742 metros de altura, a seguir, começaria a despencar em queda livre, atingindo a velocidade máxima de 278 km/h. É alta velocidade. Se a bala estivesse tão somente a 180 km/h perfuraria o corpo de uma pessoa. É arriscado atirar para o alto. E para o chão? Uma das pessoas que mais entende do assunto no MS, não soube precisar a rota de um tiro para o chão, argumentou que a quantidade de variáveis é muito grande para definir esse tiro. Assim, o tiro para o alto ofereceria algum risco a mais que o desferido para o chão.

Truques italianos para melhorar teus pratos de pasta.

Os truques são italianos, mas quem os ensina é Mikel López Iturriaga, um dos melhores cozinheiros espanhóis. Todos já sabem que não se deve colocar azeite na água em que irás cozinhar a pasta, lembrem-se da escola: a água não se mistura com o óleo, ele ficará totalmente ligado ao macarrão dando um aspecto e sabor de pasta de restaurante de beira de estrada, muito oleoso. Também não devemos passar a pasta, depois de cozinhada, na torneira, pois esse choque de temperatura retira sabores e muda a textura.
Todavia, há coisas que podemos aprender com os italianos para ascender ao Jedi da pasta. São alguns truques que deixarão teus convidados de boca aberta. O primeiro é tostar a pasta no forno a 180 graus, por 10 a 15 minutos. Outro, é hidratar por 30 minutos a pasta antes de cozinhar, para que ela fique com gosto e aparência de pasta fresca. Mas o paraíso Jedi da pasta, o Nirvana, é cozinhá-la em vinho, leite ou caldo de legumes, carne ou peixe. Há ainda um pequeno truque que pode ser experimentado: trocar o arroz de um prato de risoto por pasta bem pequena.

Procurando ETs nas cavernas.

Penélope Boston está visitando as cavernas mais espetaculares do mundo há 25 anos. Às vezes veste uma macacão forrado de gelo e ainda leva um ventilador que joga ar gelado. É a única de forma de resistir - por somente meia hora - aos 60 graus Celsius da caverna de Naica, no México. Explorar esses abismo é "o mais parecido a visitar outros planetas", explica a microbióloga, que dirige o Instituto de Astrobiologia da NASA. Nos espetaculares cristais gigantes, formados há 50 mil anos, existem cavidades com líquidos dos quais foram resgatados restos de micróbios que, cultivados em laboratório, retornaram à vida. Eles são denominados "extremófilos", microrganismos capazes de habitar os lugares mais hostis do planeta. Vivem sem água nem luz, comendo rochas e, inclusive, compostos tóxicos em abismos onde a falta de oxigênio e o excesso de gases, aniquilaria qualquer pessoa em minutos. Se existe vida em outro planeta, o mais provável é que também se esconda em cavernas e se pareça com as criaturas estudadas por Boston. "O que descobri durante minha carreira são as diferenças que existem de uma caverna para outra. Essa diversidade é controlada pela geoquímica. É como se cada caverna fosse um planeta diferente", detalha a investigadora. Boston estuda as formações minerais deixadas pelos extremófilos ao alimentarem-se e que, em outros planetas, poderia delatar a existência de vida. Mas chegar a uma caverna de Marte com um veiculo de exploração é uma ideia que ainda está muito distante da capacidade tecnológica da NASA ou de qualquer outra agencia espacial, reconhece. "Minha opinião é que os primeiros sinais de vida para além da Terra não serão encontrados no sistema solar, e sim na atmosfera de exoplanetas. Há milhares de possibilidades e logo lançaremos o telescópio James Webb, que abrirá novas possibilidades", assegura.
A cientista não duvida que Marte será colonizada algum dia, ainda que não tão rapidamente como diz Elon Musk. Ela acredita que as cavernas serão fundamentais quando isso venha a ocorrer, pois oferecem um habitat perfeito. Boston tem estudado materiais infláveis para recobrir o interior de uma gruta e torná-la habitável, uma opção mais barata e eficiente que construir uma colônia no exterior de cavernas.

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