Em Pauta

Muita festança com o dinheiro público vai sendo feita no Paraná

Mário Sérgio Lorenzetto | 27/03/2014 08:14
Muita festança com o dinheiro público vai sendo feita no Paraná

O Paraná está fazendo festa com dinheiro público

A cada dia que passa, muitas pessoas do Mato Grosso do Sul dão graças aos céus pela Copa do Mundo não ter batido em suas terras. Ou melhor: em seus cofres. A festança com dinheiro público já bateu às portas de todos os Estados e estádios onde os eventos ocorrerão. Desta vez está batendo no Paraná.

Apesar dos atrasos nas obras, a FIFA confirmou que a Arena da Baixada, estádio do Atlético Paranaense, receberá jogos da Copa do Mundo. Para a confirmação de Curitiba, foi necessária uma engenharia financeira com dinheiro público, apesar de o estádio ser privado. A prefeitura de Curitiba gastará R$ 40 milhões para bancar algumas estruturas, para abrigar a imprensa, patrocinadores, setores de segurança e de tecnologia de informação. O Governo do Estado do Paraná emprestará R$ 65 milhões ao Atlético Paranaense. Para viabilizar esse empréstimo, o governo paranaense receberá R$ 250 milhões do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Hoje, a Copa é quase toda financiada pelo BNDES e os maiores lucros certos ficarão com a FIFA. A economia nacional talvez tenha algum retorno.

Água escassa. Água que menosprezamos. Água virtual

Se você acaba de tomar um cafezinho saiba que acaba de consumir 150 litros de água. Não toma café, então toma um copo de suco de laranja? Você deve saber que consumiu 190 litros de água. Vai à lanchonete comer um hambúrguer? Consumirá 2,5 mil litros de água. No almoço terá suculentos bifes? Então será o campeão do consumo de água. Nada menos que 15 mil litros para 1 quilo de carne bovina.

Esta água embutida na produção de alimentos é chamada de virtual. O conceito, usado mundialmente desde 2002, não divulgado no Brasil, foi adotado pela ONU (Organização das Nações Unidas) nas discussões sobre segurança hídrica. Repito. Foi “esquecido” pelo Brasil.

O Brasil, com 19% das reservas mundiais, é também um dos maiores exportadores de água

Em 2013, embutimos nas exportações do agronegócio, 112 trilhões de litros de água que foram utilizados na produção nacional de açúcar, carne, soja... A ONU prevê que até 2025, dentro de 10 a 11 anos, 66% da população mundial enfrentará escassez desse recurso.

Para contornar a geografia, a China e países do Oriente Médio compraram pelo menos 230 milhões de hectares de terras em países pobres, em especial na África e na América Latina. O Brasil tenta se prevenir. Em 2010, o governo Dilma adotou limites à compra de terras nacionais por estrangeiros. Os nossos agricultores e pecuaristas têm de entender que não estão vendendo apenas proteínas na forma de soja e boi.

Há também um imenso volume de água embutido. E eles estão doando essa água. Os preços atuais de nossos produtos são baixos? Esta é uma discussão em que o poço é um pouco mais fundo do que nos levam a imaginar. E o mundo todo está de olho na água, menos os brasileiros.

Todos seremos cozinheiros. As impressoras 3D tomarão conta das cozinhas em 2014

O futuro chegou. Não, não é o Brasil e mais uma propaganda ufanista São as cozinhas do mundo todo que no segundo semestre deste ano começarão a receber uma nova máquina – as impressoras 3D de alimentos. No monitor de uma dessas máquinas estará uma lista de múltipla escolha: ravióli de abóbora com queijo, hambúrguer, pizza, lasanha... Sob os itens, há um botão: “imprimir”. Escolha um prato, aperte o botão imprimir e pronto entre 1 minuto até 15 minutos, o prato estará em condições de ser levado à mesa.

Das máquinas que serão vendidas, a Foodini, da empresa espanhola Natural Machines, é a única que faz doces e salgados. O princípio é o mesmo das outras impressoras 3D que foram discutidas nesta coluna. Um dispositivo despeja camada sobre camada de matéria-prima: pode ser farinha, ovos, carnes... – até atingir o formato e volume desejado. Conectada à internet, a máquina baixa receitas e diz quais ingredientes devem ser colocados em suas cápsulas. Em seguida poderá ser levado ao forno. O Foodini leva o tempo médio de 15 minutos para preparar um prato.

Conforme seus criadores, o objetivo do Foodini é que essa máquina assuma as partes difíceis ao se preparar uma comida saudável. O equipamento, com tamanho semelhante ao de um micro-ondas, leva vantagem em relação a outros tipos de alimentação prática. Cerca de 80% das massas prontas que você compra no mercado têm um nível elevado de conservantes. Com a impressão em 3D na residência, você passará a usar ingredientes naturais.

Impressão em 3D é ponderosa porque democratiza a cozinha, a capacidade de fazer pratos

Também terá a capacidade de customizar pratos, por exemplo, grávidas, doentes, pessoas com diferentes necessidades nutricionais. É fácil acrescentar ou retirar nutrientes. Poderemos acrescentar mais vitamina B para alguns ou mais cálcio para outros.

Além da Foodini uma máquina norte Americana será lançada no segundo semestre. Os chocólatras e amantes de doce adorarão. Será a 3D Systems. Voltada para doces. Imprime os alimentos coloridos e com formatos especiais, criados em programas 3D. Custará caro, de US$ 5 mil a US$ 10 mil. Os melhores serão os chocolates, doces com baunilha, os com menta e os com maçã verde.

Enfim, todos poderemos ser cozinheiros. Uma Foodini, os ingredientes de uma receita e poderemos oferecer um belo jantar, claro que acompanhado por uma ótima receita de um doce feito em uma 3D Systems.

Medicamentos ficarão até 5,68% mais caros já no próximo mês

A autorização deve ser publicada na edição desta quinta-feira do Diário da União e reflete, exatamente, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) dos últimos 12 meses. Com a medida, 9 mil medicamentos serão reajustados. Para que o consumidor não sinta o baque, a aposta do governo é a concorrência entre as farmacêuticas. Só vendo.

Cargos de liderança no Brasil têm pouca participação feminina

Estamos abaixo da média global, 33% de cargos de liderança sem mulheres. No Brasil, 47% deste tipo de cargo não são ocupados por mulheres, segundo a o levantamento International Business Report 2014, que é elaborado pela Grant Thornton. Além disso, segundo o estudo, 7% das empresas brasileiras, isso mesmo, somente 7%, planejam contratar ou promover funcionários do sexo feminino nos próximos 12 meses. A média mundial é exatamente o dobro e significa muito, afinal, foram ouvidas 12,5 mil empresas em 45 países. No Brasil, 30 companhias participaram.

As conclusões da pesquisa revelam que houve retrocesso no Brasil em relação aos anos anteriores. Em 2012, somente 26% das empresas não contavam com mulheres em seus quadros mais elevados, mas houve aumento de 33% no ano seguinte.

A vida funcional das mulheres é cheia de complicações e falta de suporte

Em situações como o afastamento por licença maternidade, 9% das empresas brasileiras pagam salários por um período maior do que a lei recomenda; 19% garantem acesso aos programas de educação continuada e desenvolvimento profissional. A média global para esses itens é respectivamente de 29% e 37%.

Também é menor a participação nos conselhos de administração das empresas brasileiras. A maioria tem, em média, cinco integrantes, mas somente uma vaga é disponibilizada a mulheres. Para 65% das empresas ouvidas, é importante aumentar a participação das mulheres nas companhias de capital aberto. Considerando todas as empresas ouvidas pela Grant Thornton, os setores de educação e serviços sociais contam com mais mulheres em posição de liderança (51%). Em seguida estão. Hospitalidade (37%), mineração (12%), agricultura e eletricidade (ambos 16%).

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