Em Pauta

Há uma nova regra no mercado de trabalho brasileiro. Salários estão diminuindo

Mário Sérgio Lorenzetto | 25/07/2015 07:03
Há uma nova regra no mercado de trabalho brasileiro. Salários estão diminuindo

Os salários estão encolhendo no Brasil.

Há uma nova regra no mercado de trabalho brasileiro - os salários estão diminuindo. De acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego, o salário médio dos profissionais que foram contratados é quase 13% inferior ao dos demitidos. Essa diminuição não está relacionada apenas com o momento de crise econômica. Ela é motivada, também, pelo histórico recente da remuneração no país. A partir de 2009, devido ao crescimento do Brasil, muitas empresas começaram a oferecer salários muito altos. Eles serviram tanto para segurar os talentos quanto para recrutar novos funcionários. Esse cenário fez com que a remuneração do profissional brasileiro ficasse inflacionada. Como a economia está andando para trás e não há mais uma avalanche de ofertas de emprego, a tendência para os próximos anos é de holerites mais magros. Outro motivo que explica o encolhimento do salário é a dificuldade de cumprir metas, o que impacta a remuneração variável. Observem bem: há menos vagas e bons profissionais desempregados.

70% dos desempregados levam um ano para se recolocar.

Segundo um estudo da Produtive, consultoria de recolocação profissional, a maioria dos desempregados acredita que vai conseguir uma posição semelhante, com salário igual ou melhor, em até quatro meses. Todavia, a realidade é que até 70% levam um ano para se recolocar. E, em muitos casos, voltar a ter um emprego depende da disposição para aceitar um salário menor. A dificuldade para conseguir um novo cargo com carteira assinada, aliás, tem obrigado muitos trabalhadores a pensar em abrir o próprio negócio. Segundo o IBGE, no primeiro trimestre deste ano, o número de trabalhadores por conta própria chegou a quase 22 milhões - alta de 4,9% em relação ao ano anterior. Além disso, a quantidade de empregadores - pessoas que têm pelo menos um funcionário - chegou a 4 milhões, alta de 9% em relação ao ano anterior. Esses números sugerem que, diante das dificuldades do mercado em criar novas vagas com carteira assinada, boa parte dos demitidos têm migrado para a condição de autônomos e de patrões. Movimento que logo à frente se converterá em um imenso "inchaço" de autônomos e patrões que não terão para quem vender seus produtos e serviços.

Preconceito leva mercado erótico a ter vagas para trabalhadores.

"Você é o cara do controle de qualidade". "Você trabalha com sacanagem". Essa é a imagem, e preconceito que os trabalhadores do mercado erótico tem enfrentado. Muitos se negam a participar do processo seletivo para as vagas que continuamente se abrem nesse setor da economia brasileira. O mercado erótico brasileiro emprega mais de 125.000 pessoas em fábricas e lojas. E outras 80.000 trabalham como revendedores dos produtos. Ele movimenta R$ 1 bilhão e deve crescer, em 2015, acima de 5% - uma façanha para a economia atual. Esse mercado é formado por 30 fábricas, 50 distribuidores e 15 importadores. São 11.000 lojas físicas distribuídas no Brasil e existem em torno de 1.000 lojas virtuais. Nunca encontram funcionários para preencher as vagas que abrem. O brasileiro tem um caráter notadamente sexista e esse é um mercado promissor com muitas possibilidades.

Rebeldes sem idade.

Os velhos são os verdadeiros rebeldes. Os velhos têm pouco a perder. Podem dizer e fazer o que lhes apetece. E é por isso que quase sempre dizem a verdade. Os jovens é que podem querer não ouvi-las. O velho/parente é quem mantêm a solidez familiar. Ele cumpre o papel de ligação entre os membros da família. E esse papel de cimentar as famílias é cumprido à custa de palavras e atitudes rebeldes, transferindo conhecimentos e impulsionando atitudes ousadas e criativas. Os velhos do século XXI se apresentam como uma esfinge raramente decifrada. Muitos homens velhos estão acompanhados e muitas mulheres estão sós. O entendimento dessa mudança ainda não foi estudado. A noção de "terceira idade" é um decalque do vocábulo francês adotado logo após a construção de uma política para os velhos daquele país. No Brasil essas políticas foram esquecidas em alguma mesa de um dos 39 ministérios, portanto, não existem políticas e nem é concernente o uso do termo "terceira idade". Mas o estilo de vida dos velhos em clara diferenciação daquele vivido pelas velhas, é um claro sinal de rebeldia e jamais de opção pela solidão. Os 11 milhões de pessoas com mais de 60 anos existentes no país são os verdadeiros rebeldes com causa. Uma rebeldia sem idade, mas amadurecida e cooperativa.

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