Em Pauta

Google Now chega respondendo quase todas as perguntas em viva voz

Mário Sérgio Lorenzetto | 15/12/2014 08:21
Google Now chega respondendo quase todas as perguntas em viva voz

Você fará uma pergunta em viva voz e obterá a resposta: vem aí o Google Now

- Qual é a altura do Empire State Building?

-Responde o Now: O Empire State Building tem 381 metros de altura.

-Quando ele foi construído?

-Responde o Now: A construção do Empire State Building começou em 1929.

-Quem fez o projeto?

Responde o Now: O Empire State Building foi desenhado por William F.Lamb.

Esta é uma conversa acontecida entre Johanna Wright, vice presidente do Google com seu celular. Como em um bate-papo entre duas pessoas, o Now entendeu que a dúvida seguinte se referia ao objeto do início do diálogo e seguiu respondendo a questões referentes a ele. A experiência ainda não funciona tão bem quando a língua é o português, mas isso não deve demorar a acontecer. O Now não é o primeiro assistente digital a usar reconhecimento de voz para ajudar as pessoas. A Siri foi apresentada em 2011 pela Apple e a Microsoft conta com outro assistente com reconhecimento de voz, que é denominado de Cortana. A diferença está na obtenção de respostas satisfatórias. Uma consultoria norte-americana submeteu os três a mais de 3 mil perguntas e somente o Now obteve mais de 90% de respostas satisfatórias.

Relógios de pulso são mais “inteligentes” que celulares

Os smartwatches estão à frente dessa inovação. Neste semestre, a Motorola, Samsung, Sony e Apple lançaram seus "celulares de pulso". Eles são capazes de realizar funções como receber e enviar mensagens, acessar sites e fazer buscas. São "liberadores", muito mais úteis que os celulares tradicionais quando o dono está em uma reunião ou confraternização com amigos ou familiares. Na hora em que chega alguma notificação no seu smartwatch, você não precisa tirá-lo do bolso ou bolsa para saber quem está tentando falar contigo no WhatsApp, ou por uma simples ligação telefônica. Basta dar uma

olhadinha no pulso e o relógio inteligente vai lhe mostrar se vale a pena interromper a conversa para atender ou responder à mensagem.

Além de fazer com que você seja mais sociável, o smartwatch também será usado para buscas. E só existe uma forma de fazer isso sem teclado e com uma tela tão reduzida: a voz. Já é possível perguntar para seu relógio que horas o sol se põe, se determinada loja está aberta ou a idade de alguma autoridade, para dar alguns exemplos. Uma boa dica de presente de natal, que é útil e agradável para quase todo mundo. Há preços para todos os bolsos, desde R$ 200 até muito mais de R$ 1.000.

A popularização da direita no Brasil

Segundo um estudo vinculado à Universidade Federal do Paraná (UFPR), um importante movimento em curso no país, e que se expressou nas urnas em outubro, é a popularização da direita. Eles analisaram o perfil de 7.261 deputados eleitos desde 1945. O estudo mostra uma curva ascendente de conservadores eleitos. Também mostra que hoje existem 222 deputados com posicionamento à direita no espectro político contra 291 que pertencem a legendas consideradas de centro ou esquerda.

O detalhe é que a recuperação da direita no último pleito tem como característica novos partidos e novas faces. Em vez do arquétipo, do "coronel", do grande pecuarista, o deputado de direita hoje, tipicamente, é identificado na figura do pastor evangélico e nos comunicadores de rádio. E mais, em vez de pertencerem a grandes legendas, emergem de pequenas siglas, cuja estratégia bem-sucedida tem pulverizado o sistema partidário.

Os exemplos mais marcantes são os campeões de votos Marco Feliciano (PSC-SP) e Celso Russomano (PRB-SP), sínteses do novo perfil: pastor e apresentador. E são esses dois partidos nanicos, PSC e PRB, os que mais cresceram nas últimas eleições.

Velhos personagens perdem terreno

Graças a representantes como esses, mais próximos do cidadão, a direita ganha popularidade. O deputado conservador de cunho elitista - o grande pecuarista - ainda existe, mas tem perdido terreno. A queda espetacular do DEM produziu esse espaço. A direita elitizada não é mais majoritária. Essa direita envergonhada e elitizada - presente no Brasil desde o início da democracia - parece estar com os dias contados, finaliza o estudo.

Os paranaenses também discutem os movimentos que pedem a volta do regime militar. "Vimos que existe a extrema direita, assim como há a extrema esquerda do PSTU, embora, neste caso, ambos sejam minoritários. Se surgir um partido militar (que está peticionando ao TSE sua existência) não terá número relevante de filiados".

O complemento desse estudo é referente aos policiais e militares. Diz que o fenômeno da popularização da direita tem sido acompanhado no número de candidaturas de policiais militares, civis, federais, bombeiros e militares. Desde 1998, passaram de 100 candidatos para 967 nas últimas eleições (somando candidatos a deputados federais e estaduais). A preferência deles é clara: as candidaturas ligadas aos partidos conservadores chegam a mais de 70%; as ligadas aos partidos de centro, a 11%; e, aos de esquerda, a apenas 10%.

Homem mais rico do mundo defende redução da jornada de trabalho

Carlos Slim, o bilionário mexicano, começou a trabalhar aos oito anos ajudando o pai de origem libanesa - Yusef Salim Haddad - que o ensinou a vender muito a preço baixo, ter sempre uma reserva para aproveitar boas oportunidades de negócio e investir a longo prazo.

Slim desbancou Bill Gates no ranking dos bilionários e ele não usa computadores. Tem um pé na velha e outro na nova economia, mas ganha dinheiro como ninguém na era da globalização: algo em torno de R$ 15.000 por minuto.

Aos 74 anos, o empresário, que se formou em engenharia civil, se vê com um patrimônio estimado em mais de US$ 73 bilhões e pretende continuar ganhando ainda mais. Sua meta é continuar lucrando US$ 4 bilhões por ano.

A surpresa vem de suas recentes declarações. Ele defendeu uma jornada de trabalho de três dias por semana no México. Afirma que tal atitude ajudaria a reduzir o desemprego. E não dá para afirmar que ele "queime dinheiro".

O paradoxo do salário mínimo

É possível acreditar que a Alemanha, Suécia, Suíça, Finlândia, Noruega, Dinamarca e a Áustria são os países que oferecem maior bem-estar aos trabalhadores e não têm leis que determinem o valor do salário mínimo? Essa é a realidade: quase todos

os países que pagam melhores salários não têm lei alguma que "proteja" o valor do salário mínimo. Os salários são determinados por acordos entre patrões e empregados.

Por outro lado, 90% das nações possuem leis para regular o salário mínimo, mas é neles que estão os “Top 10 dos Salários Miseráveis”. Burundi, na África, é o país que tem o mais baixo salário - o trabalhador recebe menos de R$ 20 por mês. Os menores salários do mundo estão na África e na Ásia e todos dispõem de leis para "proteger" o salário mínimo.

Meritocracia é o melhor caminho

Uma dedução fácil seria a do Brasil seguir os mesmos passos dos países europeus com maiores salários e extinguir as leis salariais. Mas essa não é uma equação simples e nem fácil. Para chegarmos ao mesmo patamar, teríamos de, em primeiro lugar, dispormos de uma industrialização que priorizasse a inovação, de maior valor agregado, que oferecesse ao mercado produtos de alta tecnologia, produtos caros. Todavia, ano após ano, século após século, continuamos a exportar soja, minérios e milho. Retiramos o minério do solo, colocamos no navio e vendemos a preços baixos. Os produtos manufaturados são apenas 34% das nossas exportações.

O outro caminho a ser perseguido é o da produtividade. Quando os salários crescem sem um aumento proporcional de produtividade, corre-se o risco da conta não fechar e da baixa produtividade afetar os salários, a geração e a manutenção dos empregos. Fatores como má qualidade da educação, falta de investimento em infraestrutura, uma enxurrada de leis anacrônicas e práticas gerenciais ultrapassadas, nas empresas e órgãos públicos, impedem o aumento da produtividade.

Há, também, a quase ausência da meritocracia. A meritocracia é a melhor face do capitalismo. Ela permite recompensar o esforço individual, favorecendo suas vitórias e a construção de seus patrimônios individuais, graças ao trabalho. A legislação trabalhista brasileira é um obstáculo à meritocracia.

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