Em Pauta

Conhece alguém que só anda descalço, só come carne e trabalha em pé?

Mário Sérgio Lorenzetto | 21/11/2015 10:57
Conhece alguém que só anda descalço, só come carne e trabalha em pé?

O estilo de vida paleolítico e o "novo natural".

Conhece alguém que só anda descalço, só come carne e trabalha em pé? Esse é o estilo de vida paleolítico que recebe a cada dia mais adeptos. Seus seguidores são contabilizados na casa dos 3 milhões só nos Estados Unidos. Essa é a ponta de uma nova tendência dos consumidores, viver em meio à natureza, negar produtos industrializados, sem aditivos ou produtos sintéticos. E não é uma moda passageira. Ela vem crescendo e se fortalecendo ao redor do mundo.

Shampoo natural, sem substâncias químicas agressivas aos cabelos e ao meio ambiente. Calças jeans que não podem consumir tanta água e nem causar tantos danos ao ambiente. Calendários virtuais de fertilidade, para engravidar ou para não engravidar - Kindara e Ovoline - sem uso de hormônios e pílulas. Absorvente íntimo feito com 100% de algodão, abolindo componentes industrializados que estão sendo vendidos por assinatura na internet. A maconha, por ser "natural", está ganhando a guerra com o cigarro "industrial". A população se encheu com as promessas de um mundo melhor nunca cumprida. Está descrente das autoridades e das marcas. Procura uma zona de conforto na natureza, é o "novo natural".

Os números dizem que a humanidade está perdendo a guerra contra o câncer...

Se os números contam alguma coisa, a humanidade está perdendo a guerra contra o câncer. Segundo os dados mais recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS), 14 milhões de pessoas foram diagnosticadas com a doença no ano passado, e 8 milhões morreram. Esse número está aumentando. O envelhecimento da população e a adoção de hábitos não saudáveis contribuem para as previsões de aumento de quase 40% de casos até 2030. O Brasil não fica atrás. Aqui, o número de doentes poderá aumentar 38% ao longo da próxima década, passando de 366 mil casos em 2009, para 576 mil em 2020. Os custos totais, médicos e não médicos, de casos novos, no Brasil de 2009, eram da ordem de US$1,5 bilhão.

...Mas a imunoterapia promete aumentar a sobrevida dos pacientes.

A imunoterapia é um tipo de medicamento que, em vez de atacar diretamente os tumores, procura ajudar o sistema imunológico a agir contra a doença. As células cancerígenas "enganam" o sistema imunológico, que deixa de identificá-las, permitindo que se multipliquem. Para desmascarar essas células, foram desenvolvidos dois tipos de medicamentos: inibidores de PD-1 e os inibidores de CTLA - 4. A vantagem da imunoterapia é que o tratamento é mais duradouro e tem menos efeitos colaterais. Os resultados são promissores e podem atacar vários tipos de câncer. A desvantagem é que, até agora, os cientistas não sabem dizer quais pacientes se beneficiam do tratamento. Por esse motivo, a imunoterapia está sendo usada apenas quando outros tratamentos deixam de funcionar.

Novembro, mês do exame da próstata, câncer que mais mata homens no Brasil.

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