Em Pauta

Brasil frente às seis principais seleções adversárias

Mário Sérgio Lorenzetto | 14/06/2018 09:26
Brasil frente às seis principais seleções adversárias

A seleção brasileira têm um bom balanço favorável perante as seis seleções que estão melhores posicionadas para vencer o Mundial da Rússia. Se não fosse o famigerado 7x1 da arrogância do Felipão e Galvão... seríamos franco favoritos.

Civilização do futebol ou da guerra?

O Brasil é o quinto país do planeta em área e população. Com um solo tão fértil que chega a produzir quase o dobro das colheitas anuais do gigante Estados Unidos. Mas, após quase um século, continua sendo uma sombra do seu primo do norte. Isso é válido para o modelo econômico quanto para o estilo de vida. Através dos últimos decênios, o Brasil continua na mesma marcha: ser uma cópia dos EUA. Até mesmo naquilo que não se adequa aos nossos padrões históricos e não são símbolos de progresso dos EUA.
A primeira constatação diz respeito ao padrão de consumo. O consumismo exacerbado dos norte americanos é copiado religiosamente pelos brasileiros, mesmo que tenhamos rendimentos cinco vezes inferior ao dos gringos. Estimulados pelas administrações Lula e Dilma, o consumismo desenfreado - padrão EUA - é um dos principais índices de nossa profunda crise. E insistimos em consumir. Como se não houvesse amanhã. Um amanhã com credor batendo às nossas portas.
Outro constatação da tentativa de copiar a gringolândia vem da nova paixão pelas armas. Nos EUA, essa paixão vêm do "espírito do faroeste". Um vale tudo defendido à bala. Está na alma, está na história deles. Defenda-se como puder e der. Aquele lugar onde o Estado e as Leis são apenas uma nota de rodapé, insignificantes por conveniência. Um povo disposto a cobrar suas dívidas - morais ou financeiras - com uma arma ou um canhão na mão. A nossa, é uma história de tentativa de organizar um "povo cordial", uma versão tropical do "brando costumes" portugueses. Onde o Estado e as Leis têm importância relevante, ainda que mau funcionantes. Importância exagerada. Ambos - Estado e Leis - estão em tudo, até onde não deveriam estar.
Não temos o costume de usar o "hard power" - a tentativa de convencimento por força e coerção - em nossa política externa. Pelo contrário, de tão "soft power", os nossos negócios estrangeiros até se encolheram há uns anos. O ponto de partida desse encolhimento foi risível. Um elefante encolhendo para um ratinho. Lula, presidente do gigante, bateu em retirada quando teve de enfrentar o ranger de dentes de Evo Morales, presidente da pequenina Bolívia. E lá se foi o primeiro escândalo da Petrobras.
Por alguma razão inexplicável, preferimos sonhar com Sochi. Como sonhamos um dia com Solna, na Suécia; Viña del Mar, no Chile; Guadalajara, no México; Pasadena, na Califórnia ou Ulsan, na Coreia do Sul. Cidades que ficaram no imaginário coletivo e no sangue derramado... em campos de futebol.Foram palco de nossas vitórias futebolísticas. Conquistas pacíficas.
Já os norte americanos, que chamam seu insípido campeonato de futebol de "world series", como se o mundo começasse e acabasse por lá, lembram-se melhor de lugares como Hanói, Baía dos Porcos, Kandahar, Hiroshima e Nagasaki.

"Os gays devem ter cuidado", diz o chefe da torcida radical russa.

Há dois anos, ao lado da partida Rússia x Inglaterra na Eurocopa, as duas torcidas converteram Marselha em um campo de batalha. O mundo inteiro presenciou o horror. Todavia, na Rússia, os ultras que conseguiram derrotar seus "pais espirituais" ingleses foram recebidos como heróis. "Bem feito, jovens", disparou o deputado Igor Lebedev. Vladimir Putin liquidava o assunto com uma tentativa de ironia: "Como pode 200 russos vencerem a mais de 2.000 hooligans ingleses?" Quem comandou a batalha de Marselha pelo lado russo foi Alexander Shprygin, chefe dos hooligans russos.
E é esse antigo "herói" que virou "vilão". Negaram o passaporte de torcedor a ele. Com essa medida, o chefão não poderá entrar em nenhum estádio da Copa da Rússia. Entendendo a nova realidade, Shprygin afirma "quem teme que os acontecimentos de Marselha se repitam no Mundial se equivocam. O nível de segurança na Rússia não têm precedentes", assegura o hooligan russo. Mas não foi só a Shpprygin que negaram a participação nos estádios, outros 467 russos fanáticos também não entrarão nos estádios.
Se eles não estão dispostos a enfrentar os ingleses, mandam um recado para os gays: "Não haverá perseguições, que fique claro, mas estamos em um país conservador, assim é melhor evitar carinhos na Praça Vermelha". Será que existem hooligans gays?

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