Em Pauta

Ainda que não esteja crescendo, o número de homicídios é elevado no Brasil

Mário Sérgio Lorenzetto | 26/05/2014 07:41
Ainda que não esteja crescendo, o número de homicídios é elevado no Brasil

Queda de homicídios no Brasil, um ainda sonho distante

Os homicídios nas maiores cidades dos Estados Unidos caíram em 2013 para marcas não vistas desde 1960. Nova Iorque teve 333 homicídios no último ano. O nível mais baixo desde que a polícia começou a registrar crimes há 50 anos. O declínio é explícito – de 649 em 2001 chegou a 419 homicídios em 2012. As tendências homicidas dos nova-iorquinos atingiram seu ápice em 1990 com 2.262, mas caíram desde então. O mesmo fenômeno pode ser observado em outras cidades como Los Angeles com 246 mortes em 2013; de 1.200 em 1992 foi a 295 em 2012. Chicago e Philadelphia também tiveram índices reduzidos. Ainda que a quantidade de homicídios no país seja elevada se comparada com países europeus, quatro mortes por 100 mil habitantes por ano. No início de 1990 o número elevado de homicídios é geralmente relacionado com a difusão do crack nos EUA, momento em que os homicídios atingiram seu ápice.

Tais marcas ainda fazem parte de um sonho distante para o Brasil, com 25,2 mortos para cada 100 mil habitantes. Ou seja, 50.108 pessoas foram assassinadas em 2012. No topo do ranking no mundo, em segundo está a Venezuela, adorada por um ou outro entusiasta desavisado do “socialismo”, registrando 53,7, enquanto Honduras, em primeiro lugar, tem 90,4 mortes por 100 mil habitantes. Mônaco e Lichtenstein tiveram homicídio zero. Já Cingapura teve o registro de 0,2 e o Japão 0,3. Na América Latina, o país em melhores condições é o Chile, com 3,1 mortes para cada 100 mil habitantes, 550 mortes.

Essa posição não é um privilégio, pois perde para todos os países da Oceania e muitos da Europa e da Ásia. Entre 2000 e 2010 a taxa de homicídios cresceu 11% nas América Latina. De acordo com o estudo da ONU (Organização das Nações Unidas), em termos gerais, a maioria dos mortos são homens jovens, porém, no contexto familiar as mulheres são as que mais morrem. O conceito de homicídio está restrito a quando a morte é intencional (dolosa) e não abrange suicídios, legítima defesa e guerras.

Um negócio de US$ 150 bilhões ao ano e que faz 20,9 milhões de vítimas

Muito lucrativo e, por este motivo, de difícil combate, o trabalho escravo está entre as mais degradantes violações dos direitos humanos fundamentais e persiste no Brasil e no mundo. O Mais recente relatório da OIT (Organização Internacional do Trabalho), divulgado na semana que passou, aponta que 20,9 milhões de pessoas são vítimas desta modalidade de exploração. Do total, 22% são explorados sexualmente, 68% em outras modalidades e 10% de maneiras impostas pelo Estado. Esta última definição passa quase despercebida pelos críticos leigos ao trabalho escravo, mas persiste e existe, inclusive no Brasil.

Hoje, dos 569 empregadores inclusos na lista suja do trabalho escravo, há pelo menos cinco menções a empreiteiras contratadas pelos governos. O flagra mais vergonhoso ocorreu em 2012 na obra do Tribunal de Justiça de Porto Velho, onde trabalhadores eram explorados na reforma do prédio. De resto, há de tudo na lista, principalmente fazendas, mas podem ser encontradas madeireiras, transportadoras, olarias, carvoarias, destilarias, oficinas de costura e boates. Representantes de Mato Grosso do Sul sempre figuram. A lista é atualizada continuamente e além de impressionantemente longa, também surpreende pela quantidade de reinserções de empresas. Ou seja, os empregadores são multados e, depois, retornam à prática, evidenciando o lucro.

E somente o lucro pode justificar a reincidência, afinal, o empregador incluído na lista permanece ao menos dois anos e fica impossibilitado de receber financiamentos públicos, de bancos privados e é barrado em negócio com empresas signatárias do Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo. Parece que o cerco aperta, mas somente em 1995, o Brasil reconheceu o trabalho forçado à OIT, o que demonstra um longo caminho a ser percorrido. Agora, o governo brasileiro atuará em conjunto com o Peru para combater a prática.

Informalidade também prejudica trabalhador e arrecadação

Outra faceta do trabalho que também sinaliza prejuízo ao trabalhador e, em consequência, à arrecadação de tributos, é a informalidade. O governo federal anunciou que vai investir pesado contra a prática e não só com fiscalização, mas incentivo. Nesta semana, o ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, assinou o Plano Nacional de Combate à Informalidade dos Trabalhadores Empregados. O objetivo é integrar políticas de fiscalização doa pasta com outros órgãos do governo e, assim, pressionar a redução dos índices de informalidade do emprego assalariado.

A previsão do ministério é de que existam ao menos 17,1 milhões de trabalhadores informais no país. Entre as consequências diretas negativas para este grupo está impossibilidade de acesso à previdência e direitos como o seguro desemprego e FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), férias e repouso remunerados. Somente para a previdência, a expectativa é de que sejam gerados R$ 50 bilhões anuais.

E o que a matemática diz sobre a Seleção brasileira na Copa do Mundo?

Que tem 28% de chances de ganhar. Ao menos foi esse o resultado apresentado na última sexta-feira, 23, pela Escola de Matemática Aplicada da Fundação Getúlio Vargas. O estudo apontou, ainda, que a Espanha tem 16% de chances de ganhar e os argentinos 12%. Foram executadas 100 mil simulações de jogos, sob a coordenação dos professores Moacyr Alvin e Paulo Cezar Carvalho. Os dois se agarram, porém, ao mais batido de todos os jargões sobre o esporte: “o futebol é uma caixinha de surpresas” e tudo deve ser considerado, até uma eventual vitória de Camarões, por exemplo.

Cai o tempo de liberação de cargas em portos e aeroportos

E a queda é significativa, de 18 para 14 dias nos portos, segundo a Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro). O impacto para Mato Grosso do Sul é evidente, considerando o principal destino das cargas do Estado, que é Paranaguá. De acordo com a federação, a queda do tempo para a liberação ocorreu depois que o governo federal passou a adotar jornada de 24 horas para portos e aeroportos. Nos aeroportos, a redução foi de 6,3 dias para 3,7.

A nova margem fez com que a capacidade de movimentação de cargas do comércio exterior brasileiro aumentasse em 36 milhões de toneladas, o equivalente a US$ 59 bilhões, após um ano de implantação do programa. No Rio de Janeiro, a redução foi de 27,8%. Chegou a 25% no porto de Santos; 12,5% no Rio Grande e de 11,5% em Paranaguá. Traduzindo em capacidade de movimentação, os portos ganharam pelo menos 80 dias de operação por ano. Esse volume representa 35,6 milhões de toneladas ou US$ 44,6 bilhões, considerando valores médios de 2013.

Quanto aos aeroportos, 54,5% foi a queda registrada em Viracopos. No Galeão, 48,4%. Foi averiguada queda de 46,3% em Guarulhos e de 4,7% em Manaus. E o acréscimo de dias nestes modais chegou a 105 dias ao ano, o equivalente a 390,6 mil toneladas e US$ 14,4 bilhões.

Olhe para seu pulso. Observe seu relógio esportivo e dê adeus a ele

Estão chegando os relógios inteligentes. Relógios. Mais uma fronteira ultrapassada pelo mundo da eletrônica. Eles começam a reunir as funções de telefonia, internet e de computador.

A promessa é de uma revolução no setor.

Já existem quatro novidades. Confira:

IWATCH (Apple) – usa a mesma base operacional do IPad e IPhone, a iOS 4, contará com a imensa base de aplicativos – apps – disponíveis para os demais produtos.

Preço médio: US$200 nos EUA.

GALAXY GEAR (Samsung) – conta com mais de 70 aplicativos, pode ser conectado ao celular ou ao notebook e possui câmera digital acoplada à pulseira.

Preço médio: US$300 nos EUA.

SMARTWATCH (Sony) – soluções simples, compatibilidade com qualquer celular Android 4.0 que é o seu maior trunfo. Não possui câmera.

Preço médio: US$265 nos EUA.

TOQ (Qualcomm) – integrado a um celular via Bluetooth, recebe e-mail, fotos e vídeos. Tem a tela Mirasol que ajusta seu brilho de acordo com o ambiente.

Preço médio US$300 nos EUA.

Claro que os chineses estão finalizando os seus. Como sempre mais baratos, mais fáceis de usar e não tão bonitos quanto os concorrentes.

Escolheu o seu?

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