De olho na TV

Regulação da mídia vira papo ideológico

Reinaldo Rosa | 04/02/2015 10:46
Antônio e Gilson em jogo no Morenão (Foto: Arquivo)
Antônio e Gilson em jogo no Morenão (Foto: Arquivo)

CHUTE NO SAC – O ‘MSTV 1ª Edição’ desta terça-feira passou o noticioso inteiro anunciado “reportagem completa sobre o dia da presidente Dilma em Campo Grande”. Quem atrasou compromissos para ver a dita cuja foi contemplado após a expectativa criada. Alguns frames para o repórter Oswaldo Nóbrega dizer que “a presidente Dilma chegou a Campo Grande por volta de nove horas”. Corte para a Presidente informar que ‘esta casa servirá de exemplo para todo o País’. Palmas ao fundo e, fim da ‘reportagem completa’ sobre o evento. O ruim sempre pode ficar pior.

VC NA COLUNA - “A Globo conseguiu a proeza de tratar do assunto, sem registrar o momento da inauguração da Casa da Mulher Brasileira, em Campo Grande. A Casa apareceu vazia e foram entrevistados apenas funcionários do Estado. Às vezes penso que a Dilma aparece pouco; em outras, sinto que a escondem quando a notícia é positiva”. (Caio Nogueira)

PARA POUCOS - O ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini, afirmou que levará adiante a promessa da presidenta Dilma Rousseff de debater a regulação econômica da mídia. Os defensores dessa medida levam em consideração que hoje apenas seis famílias controlam 70% da imprensa no país. Grupos de comunicação possuem propriedades cruzadas além do limite permitido pelo Artigo 12 da Constituição Federal. Nota de Brasilianas.org.

CASA DE JOANA - Representantes dos meios políticos e jurídicos declararam preocupação quanto à proposta, acreditando que ela possa colocar em risco a liberdade de imprensa. Regulamentar uma lei é dar-lhe validade jurídica (constitucional); atual Lei de Imprensa faz parte da Constituição de 1988 e ainda não foi regulada.

ABSURDETES – Comunicação Social é bem público explorado pela iniciativa privada através de concessões. Com regulação (ou regulamentação) da mídia, empresários da comunicação não poderão ceder espaços (locados) a terceiros, por exemplo.

DA LUZ VERMELHA – Locatário não pode sublocar a outrem o espaço alugado para exploração de qualquer espécie. Concessão para exploração da rádiodifusão (que inclui TV) não dá direito ao empresário de sublocar espaços (regiamente pagos) a segmentos religiosos.

VEJA BEM – Do jeito que a coisa está, todos os empresários de comunicação que alugam espaços para qualquer segmento – que não seja aquele formado por seus funcionários - estão agindo fora da lei. Com a regulação da mídia tal descalabro não aconteceria. Vender Bem Público é infração inserida no Artigo 171 do C.P., apropriação indébita, etc. Simples assim.

VC NA COLUNA II - “Meu amigo Reinaldo Souza Rosa, sobre comentário ‘Recuerdos de Ipacaraí e das tardes de domingo, no Morenão, foi o que restou do futebol sul-mato-grossense’, posto aqui esta foto em que eu e Gilson José Cáceres Cáceres estamos no estádio Morenão para assistir ao "Comerário", Comercial x Operário em homenagem ao dia do aniversário de Campo Grande no ano de 1976. Veja a quantidade de torcedores”. (Antonio Mazeica)

CALLAS PARA SEMPRE - Espetáculo retrata o último dia de vida da maior cantora lírica da história. A ação de “Callas” se passa em um dia: 15 de setembro de 1977, véspera da morte da cantora. Ela vai ao encontro do jornalista e amigo John Adams (vivido pelo ator Cássio Reis) para ajudar na organização da abertura de exposição sobre sua vida e carreira. Entre figurinos, jóias, quadros, discos e imagens, Maria Callas lembra a trajetória gloriosa no mundo lírico e, aos poucos, vai se desarmando, mostrando o abismo que sempre existiu entre a diva do palco e a mulher do dia a dia. Estão lá episódios polêmicos da vida pessoal, como o fim do casamento, o conturbado relacionamento com Aristóteles Onassis e a morte do filho. O texto de Fernando Duarte foi o que primeiro chamou a atenção de Marília Pêra, que dirige o espetáculo.

 

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