De olho na TV

De Olho na TV

Reinaldo Rosa | 28/09/2012 07:30

FELICIDADE É COMO A PLUMA – Quando uma pessoa pronunciou, pela primeira vez, a frase desenvolvimento sustentável, poucos entenderam seu significado. Agora surge o IDF (Índice de Desenvolvimento da Felicidade) criado pela Organização das Nações Unidas. Com menor estranheza do que aquele, o IDF já foi alvo de comentários jocosos por parte de colegas da imprensa questionando a abstração do conceito felicidade.

SER OU TER – Quem dedica o tempo em busca de entretenimento de fácil digestão, pode perceber o alcance – ou finalidade – da mais recente pauta da ONU, colocada à disposição de nações a ela unidas. O Cadinho, da trama Avenida Brasil, da Rede Globo, é o exemplo mais tácito das preocupações da Organização. O personagem de Alexandre Borges, aliás, assemelha-se, em muito, a personalidades do MS. Especialmente da Capital.

EIS A QUESTÃO – Segundo especialistas das Nações Unidas, a conquista da felicidade, para a maioria das pessoas, baseia-se unicamente na conquista da plenitude financeira. Quanto mais dinheiro no bolso – ou no banco –, mais a pessoa adquire bens duráveis, proporciona maior conforto à família, viaja mais, rende-se a luxos antes inimagináveis e aos caprichos do – ou da – amante, segundo o estudo.

ASCENDENTE – Com caixa para sustentar a família, Cadinho parte para aumentar sua felicidade através de amante que, com o tempo, proporciona-lhe uma segunda família. Depois, mais uma amante (satisfeita em seus desejos na cama e fora dela) e: mais uma família. E a tal da felicidade continuou até a casa cair.

DESCENDENTE – Vivendo numa sociedade de consumo – e vítimas das Casa Bahia – pessoas têm na conquista de bens e boa alimentação, por exemplo, indicativos de status e bem viver. Ao não poder sustentar – ou alcançar – esse estágio de vida, a felicidade cai na mesma proporção ao desapego do que antes fora – ou não – conquistado, segundo os estudiosos da ONU. A abstração da palavra felicidade pode se concretizar através de educação dos limites e formas com as quais o dinheiro possa atuar sobre as atitudes de cada um.

SEM MEDO DE SER FELIZ – Não é só nos moradores do Divino que acontece crescimento nos índices de inadimplência. A gritaria é geral e, sem conquistas pessoais, através de moeda ou não, vem a frustração e em conseqüência a infelicidade que, alertados pelo IDF, da ONU, poderá ser evitada caso as nações voltem sua atenção para o assunto.

ME AGUARDE – Como todo endinheirado que se preze – e escravo da ditadura do ter –, Cadinho fugirá para país distante e usufruirá da fortuna que tem guardada em bancos de paraíso fiscal. Escorado em ensinamentos de respeitáveis personagens do mundo político nacional.

LONGE DE CÂMERAS E MICROFONES – Vereador Marcelo Bluma, acompanhado de Fernanda Fialho, (candidatos a prefeito e a vice, respectivamente) do PV, além do vereador Athayde Nery e Luiza Ribeiro, representando o PSDB, foram recebidos por uma importante Associação de pequenos e micros empresários da Capital. O PT também se fez presente com o candidato Vander Loubet. Na ocasião (em horários e dias distintos) eles declinaram sobre planos dirigidos à classe em suas respectivas bases de atuação.

PARA MAIS – A Associação (que tem o nome não citado propositalmente) congrega mão de obra de sete mil filiados inscritos e um contingente estadual de aproximadamente treze mil profissionais. Considerando-se um mínimo de dois eleitores por família desses trabalhadores, teríamos – ou temos – número de votos a ser considerado por qualquer candidato de bom senso.

OU PARA MENOS – Durante o encontro de Marcelo Bluma e sua vice com a diretoria da entidade, a presidente recebeu recado de pessoa dizendo-se ‘secretária do Comitê do candidato Edson Giroto’. Era ‘para agradecer o convite, mas na agenda de campanha não foi aberto espaço para visitas a pequenas associações’ (sic). Coincidência ou não, o recado (do comitê) foi dado no dia seguinte à divulgação da última pesquisa do Ibope, na capital.

REGINA DUARTE TINHA MEDO – Em sua pior apresentação na televisão, em rede para todo Brasil, a atriz representou bem – como sempre – a mulher com ar de preocupação com o futuro. Em tom de tragédia grega pronunciou a frase estou com medo. Tenho muito medo, referindo-se a uma possível derrota de José Serra para Lula, numa corrida presidencial. O petista ganhou – e se reelegeu -, foi classificado de "o cara", por Barack Obama, passou incólume por erros de pessoas diretamente ligadas a ele e, ainda, ajudou a eleger Dilma Rousseff como sucessora. E Regina, sem medos maiores, continuou com suas ricas interpretações de vários papéis.

REMEMBER 11/SET – Catastróficos segmentos políticos, acompanhados de colegas de imprensa – falada, escrita e televisionada – pregam cuidados citando fatos vindos de Dourados. Parece que a eleição de Alcides Bernal é dada como certa e que ele seja mais resultado da mídia do que possível eficiente chefe do executivo municipal. O tal apocalipse também é uma forma de ajudá-lo – ainda mais – na corrida do segundo turno das eleições.

Um abraço Antonio Mazeica Fumaça. Registrador de fatos e pessoas do estado guaicuru.

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